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Mulheres nas corridas de aventura


Gabriela da equipe Lobo Guará (foto: Camila Christianini)

Nas corridas de aventura, o espaço já está aberto para elas. As multiesportistas mostram, nesta reportagem da Semana da Mulher, que sua presença é cada vez mais importante para o sucesso de um time nos desafios extremos.

A participação das mulheres nos esportes de aventura vem crescendo cada vez mais. Antes, o que era visto como dificuldade para o chamado “sexo frágil”, agora é somente mais um obstáculo a ser atropelado pela força feminina.

O esporte que mais tem favorecido a presença feminina é a corrida de aventura. Em todas as competições da modalidade é obrigatória a presença de pelo menos uma mulher na equipe. Elas são como os homens. No dia-a-dia, trabalham nas mais diversas profissões, mas, na hora da prova, provam que são mais fortes do que possam parecer.

“A mulher traz mais equilíbrio para o time. O homem é mais explosivo, estoura com qualquer coisa. A mulher sabe como contornar uma situação. A aventura exige raciocínio e a mulher pensa melhor”, diz Gabriela de Carvalho, estudante de educação física e integrante da equipe Lobo Guará.

Mínimos detalhes – E pensar que a participação do sexo feminino foi proibida nas primeiras Olimpíadas… Tanto os homens quanto as próprias mulheres não podiam imaginar a diferença que faz a presença feminina em um grupo. “Existem detalhes que o homem tem preguiça de fazer e a mulher tem o cuidado. A mulher é resistência; o homem, explosão”, diz a administradora Laís Fleury, uma das mulheres da equipe Rosa dos Ventos.

Andréa Catani, outra integrante do time e que durante a semana é gerente comercial, diz que o que mais ajuda é o instinto maternal. “A mulher se preocupa se a pessoa se alimentou e se está bem. Além disso, passa a tranqüilidade necessária na competição”.

E, quando o assunto é organização, o sexo feminino não tem deixado a desejar. Ainda mais nas corridas, em que a lista de equipamentos obrigatórios cresce cada vez mais. “A mulher, sem dúvida, é mais organizada. Não deixa os homens esquecerem os equipamentos, o mais importante”, completa a tradutora Luciana Vasconcelos, da equipe Bandeirante.

Os homens que se cuidem, pois daqui um tempo passará a ser obrigatória a presença não mais das mulheres, mas dos homens nas equipes, como já aconteceu algumas vezes com a Atenah, a única equipe com maioria feminina e uma das mais fortes entre todas as que surgiram no Brasil.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini