Carolina Hess da equipe Selva falou sobre o ritmo forte da prova (foto: Roberta Spiandorim/ www.webventure.com.br)
Na linha de chegada, o principal comentário entre os participantes da segunda etapa do Adventure Camp, realizada no último final de semana em Brotas (SP), era de que esta prova teria sido uma das mais disputadas da história do campeonato. Justamente por causa desta disputa, as primeiras equipes impuseram um ritmo muito acelerado na tentativa de garantir a primeira colocação, conquistada pela Oskalunga Sundown. Os atletas, principalmente as mulheres, sentiram física e mentalmente o peso desta etapa.
Carolina Hess, integrante feminina da equipe Selva NSK Kailash, quinta colocada na etapa, sofreu durante o percurso e cruzou a linha de chegada esgotada. A prova foi muito disputada, o ritmo foi muito forte. Acho que não consegui comer direito, não sei o que foi, e eu quebrei de uma maneira que eu não conseguia andar. Os meninos me carregaram a prova inteira. Foi muito sofrido, testemunhou.
Rosângela Hoeppner, da quarta colocada ARS São Francisco Clínicas/ Unaerp, também passou muito mal durante as cinco horas e meia de competição e chegou até a perder os movimentos das pernas e braços e desmaiar. Eu não hidratei, saí sem água. Comecei a sentir o corpo muito quente e sem movimentos nenhum, contou. A prova é para o pessoal de 20 anos. Eu acho que vou começar a competir no Master, já está na hora, disse Hoeppner, que tem 45 anos.
Para Cristina de Carvalho, da Atenah Tecfire, a situação não foi diferente. A equipe contava com duas mulheres, que sentiram dificuldades em acompanhar os homens da equipe. A gente sofre um pouquinho mais porque homem é mais forte na hora da força, contou Cris. Segundo ela, os meninos precisaram dar uma força para que elas conseguissem acompanha-los. A integrante feminina da equipe campeã Oskalunga, Mirela Albrecht, também considerou a etapa sofrida. O coração na boca da largada à chegada, contou.
No entanto não foram só as mulheres que sofreram com a rapidez desta etapa, muitos homens também estavam visivelmente cansados, com câimbras, dores e outros sintomas de esgotamento físico. Apesar de cansados, tanto homens como mulheres estiveram muito unidos durante toda a prova e protagonizaram uma bela troca de posições a cada posto de controle. A equipe Oskalunga foi a vencedora, seguida de Atenah, Quasar Lontra, ARS São Francisco e Selva. A diferença entre a primeira e a quinta colocada foi de apenas seis minutos.
A etapa – No total foram 50 quilômetros de prova, divididos em 10 quilômetros de canoagem, 19 quilômetros de trekking, dois quilômetros de canionismo, 19 quilômetros de mountain bike e 60 metros de rappel. As 100 equipes participantes passaram por plantações de cana de açúcar, laranja e pastos, além de cachoeiras, o Rio Jacaré-Pepira e trechos urbanos de Brotas.
Este texto foi escrito por: Roberta Spiandorim