Já pensou em construir a sua própria ‘pista’ em um lugar inóspito e encarar os melhores atletas da sua modalidade em busca de um título mundial? É isso o que 20 dos mais insanos pilotos de mountain bike freeride vão vivenciar, nesta sexta-feira (27), nos penhascos de Virgin, Utah (EUA), na 12ª edição do Red Bull Rampage, o Mundial de Freeride Mountain Biking. Sem auxílio de ferramentas elétricas, os atletas precisam criar a sua via na montanha e preparar os próprios desafios de olho em uma das conquistas mais disputadas da categoria. O público brasileiro poderá acompanhar todas as emoções ao vivo, em transmissão pela internet.
Com base no formato de 2016, os pilotos precisam criar os seus próprios desafios para mostrar aos jurados e espectadores todas as suas habilidades. Cada um deles pode usar dois construtores, além de terem três dias para a construção e mais quatro para treinos com as bicicletas. Pela primeira vez, o Brasil estará representado na prova: Eduardo Arruda é trailbuilder e foi convidado para fazer parte da equipe de montagem e elaboração do percurso do francês Rémy Métailler. Além disso, também ajudou pilotos como Andreu Lacondeguy, Tom Van Steenbergen e Antoine Bizet.
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“Tive a honra de participar da montagem da rampa do francês Rémy, mas ele teve um problema com o visto de última hora e não competirá. Ultimamente, tenho ajudado os pilotos que estão construindo linhas novas. Tem sido uma experiência incrível cavar no deserto. Acredito que toda essa experiência vai ser fundamental para eu desenvolver no Brasil o Mountain Biking em termos de construção. É uma experiência que nunca vou esquecer na vida”, conta o brasileiro.
Entre os principais candidatos ao título estão os canadenses Brandon Semenuk e Kurt Sorge, além do estadunidense Kyle Strait. O trio busca o tricampeonato inédito da competição. Após ter faturado o Red Bull Joyride, em agosto, e ser o atual campeão do Rampage, Semenuk chega com grande força ao torneio. O britânico Brett Rheeder é outro que chama atenção por conta dos resultados espetaculares ao longo desta temporada no Crankworx.
Devido ao tipo de terreno distinto, a região de Utah aumenta as dificuldades da prova. Por isso, os atletas mantêm ‘cartas na manga’, pois as condições climáticas, como vento e temperatura, influenciam a realização dos saltos e voos com mais de 20 metros de distância. Os organizadores mantiveram o mesmo espaço de 2016, mas abriram uma nova linha no cume para este ano. Assim, os atletas têm mais opções para a escolha das vias morro abaixo.
Embora tenha linhas de largada e chegada, o Red Bull Rampage não é uma corrida. Mas, sim, um show de habilidades. O que importa é a maneira como os pilotos farão o percurso, sendo julgados por uma comissão técnica especializada baseada nos seguintes critérios: velocidade, técnica e estilo ao longo de todo o terreno.