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Mundial de stand up paddle de ondas está rolando pela primeira vez em Maresias, no Litoral Norte de SP


Surfista no sábado quando as ondas estavam maiores (foto: Duda Hawaii / Divulgação)

Atualizado às 20h do domingo (23)

Depois de um sábado (22) de muito vento e céu parcialmente nublado, o domingo (23) foi de céu azul, vento nulo e ondas pequenas. A primeira bateria do mundial de stand up paddle no Brasil começou às 9h30 com a fera havaiana Kai Lenny no mar, atual campeão mundial, surfando vagas com meio metro de altura, em média.

É a primeira vez que uma etapa do Stand Up World Tour acontece em Maresias, no Litoral Norte de São Paulo. E também a primeira com o nome AlmaSurf Mormaii International. A competição, que começou no sábado e deve acabar amanhã (segunda), vale como penúltima prova do circuito mundial. Além dos brasucas, há atletas do Havaí (EUA), Taiti, Peru e França, num total de 32 supistas (somente homens) no evento principal.

“Ontem, sábado, tinha muito vento leste, predominante nesta época do ano”, explica Edilson Luís da Assunção, o Alemão de Maresias , atleta local que também está ajudando na organização. “Vento que vem de leste dificulta a remada, pois, nesta posição seu corpo parado em cima da prancha funciona como uma vela: quando você tem de remar pra onda, o vento bate contra.“

Neste domingo as condições estariam perfeitas para o stand up (sem vento) segundo o local, não fossem as ondas merrecas. “Os atletas preferem ondar maior, claro, mas acho que com essas condições vai ser um bom show.” A previsão não aponta ondas grandes até o final do campeonato, que tem uma janela de tempo de término até o dia 30.

Como rola a competição. No sábado ocorreram as provas qualificatórias entre 16 brasileiros que ainda não tinham vaga no evento principal. Delas, oito competidores se juntaram aos 24 pré-classificados.

As provas de SUP waves seguem o mesmo formato das competições de surfe: em baterias, de 20 minutos cada, entram três ou quatro atletas na água. Cada um tem o direito de pegar até seis ondas, das quais apenas as duas melhores pontuadas valem. Uma equipe de juízes avalia os surfistas, onda a onda.

Acompanhe por este link os resultados onda a onda de todas as baterias e os classificados até agora:
http://standupworldtour.com/index.php/maresias-pro-live-feed/

No domingo começou o evento principal, com oito baterias. A primeira foi protagonizada por Kai Lenny, de apenas 19 anos, considerado o novo Laird Hamilton mundial. O moleque venceu fácil os três concorrentes brasileiros.

Ao todo, 16 atletas passaram para a próxima fase. Os outros 16 ainda tiveram uma chance de continuar em um round de repescagem, que valia mais oito vagas. Depois, mais à tarde, rolou o terceiro round do dia, com uma peneira que selecionou os 16 atletas que fazem as quartas-de-final amanhã (segunda), quando também acontecerá a semi e a final.

Destes 16, 11 são brasileiros: Leco Salazar (que está em segundo no ranking mundial), Alemão, Carlos Bahia, Thiago Mariano, Luis Saraiva, Roberto Vicentin, Erik Miyakawa, Renato Wanderley, Jefferson Comaru, Candinho Bisneto e Ivan Vaz.

“O campeonato segue dependendo da natureza”, explica Ivan “Floater”, presidente da Associação Brasileira de SUP. “É como um jogo de xadrez: decidimos na hora quando acontece cada round, analisando as condições do momento e as previsões dos próximos dias”. Mesmo podendo terminar até o dia 30, o campeonato deve acabar mesmo nesta segunda, por não haver melhores previsões de ondas para os próximos dias.

“Eu não vejo onda pequena como um problema”, afirma Ivan. “O SUP é diferente do surfe: o atleta consegue pegar a onda, mesmo ela sendo pequena, pois ele tem o remo. O problema é não terem muitas ondas para o cara escolher a melhor”, diz, se referindo ao principal problema que os atletas tiveram hoje.

Neste domingo ainda aconteceram clínicas gratuitas para iniciantes e uma prova de demonstração com meninas supistas, com a participação da colunista Webventure Roberta Borsari.

Abaixo, imagens do sábado, com as classificatórias (crédito Morlima Filmes).

Este texto foi escrito por: Marilin Novak, direto de Maresias (SP)