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Na hora da fome, vale quase tudo na EMA 2000

Redação Webventure/ Outros

Sabrina  da Lontra Radical  já trocou colar por bebida (foto: Lígia Nunes)
Sabrina da Lontra Radical já trocou colar por bebida (foto: Lígia Nunes)

Saco vazio não pára em pé. A alimentação é fator extremamente importante para a prática de qualquer esporte e, na EMA, não é diferente. É preciso estar bem alimentado para manter o ritmo durante todo o percurso, em seis dias de aventura. O cardápio dos atletas não é um bicho de sete cabeças, nem tão diferente do que você come em casa. Mas aqui eles consomem muito mais do que “os pobres mortais” por causa do consumo de reservas energéticas do corpo.

A alimentação é dividida em duas partes: a oferecida no acampamento de apoio e a que eles levam nas mochilas para comer durante a corrida . A equipe Supplex é da opinião que os competidores devem se sentir “em casa” assim que chegam ao acampamento. Na chegada Tomás Gridi Papp, Márcia Diniz e Marco Rabioglio trocam de roupa, são massageados e só querem… comida! A lista inclui macarrão (nunca miojo) com atum, arroz, batata palha, bolo recheado, rocambole, risoto, lasanha e frutas.

Uma pizza, pra viagem! – Como a passagem da equipe pelo acampamento é breve, é preciso ser prático. Logo, eles fazem o mesmo que as pessoas que vivem correndo na cidade grande: vão ao supermercado e compram tudo em pacote. Ontem, por exemplo, a Pousada das Cavernas não resistiu ao passar em frente a uma pizzaria e fez o pedido.

Água, suco e bebida isotônica são consumidas a toda hora. “Procurem não beber só água pura. Acrescente isotônico em pó e comam salgados”, alerta Clemar Corrêa, chefe da equipe médica. Ele diz isso porque o atleta perde muito sal, especialmente através do suor, durante as atividades. O sal comum de cozinha, salgadinhos e banana – que é rica em potássio -, repõem o sódio e o potássio roubados pelo esforço, evitando alguns problemas como as dolorosas cãimbras. Achocolatado também cai bem e alimenta.

Troco colar por refrigerante – Durante o percurso, a comida se resume praticamente a frutas secas, barras de cereais, sanduíches de frios ou patês, castanha de cajú e amendoim. Quando um time sofre a penalidade que o impede de retornar ao acampamento, a opção é pedir ou comprar pelo caminho. Sabrina Majella, da Lontra Radical, trocou seu colar por três garrafas de refrigente. A equipe Adventure Gear também estava com fome e nem pensou duas vezes: bateram na porta da casa do morador de um vilarejo e pediu comida. A única coisa que tinha era ovo. Fizeram um “mexidão” e se esbaldaram.

Quando não há opção, o jeito é pedir para os adversários. Antes da chegada ao PC10 durante a noite, a Brasil 500 Anos dividiu comida com a Epinephrine, cuja atleta Alyson Denk precisou de tomar soro por causa da fraqueza. É… a fome faz coisas que ninguém acredita.

A Webventure realiza a cobertura on line e oficial da EMA 2000 com apoio de Ford, Timberland e By.

Este texto foi escrito por: Lígia Nunes

Last modified: outubro 25, 2000

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