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<i>Na Rota do Rally dos Sertões</i>: novas categorias no off-road

Estive recentemente na França onde visitei a TSO, organização do Rally Paris-Dakar, para entender as grandes novidades no regulamento da próxima edição da prova, 2002, em especial a mudança das categorias.

Neste mundo do rally cross country, o Dakar sempre tem ditado as regras ou, ao menos, influenciado de maneira significativa as federações internacionais e outros organizadores. Basta lembrar a grande guinada que aconteceu em 1995, quando renomearam as subdivisões da categoria motos e extinguiram a participação de motos protótipos de fábrica. Em 97, foi a vez dos carros e nada mais nada menos do que a Citroen, vencedora das três provas anteriores, viu seu tapete ser puxado e ficou de fora do Dakar.

Para simplificar – Esta nova mudança na categoria carros também me surpreendeu, especialmente pela razão. A TSO decidiu diminuir o número de categorias e mudar os nomes, visando uma maior facilidade na divulgação e identificação das mesmas. A categoria T1 Maratona, para veículos de série, passa a se chamar Categoria Produção. Em termos de regulamento nada muda, apenas o nome. A categoria T2, para carros superpreparados, e a categoria T3, para protótipos, além das classes especiais para buggys e protrucks americanos, passam a formar apenas uma categoria, a Super Produção.

O regulamento será uma mescla do máximo em cada categoria. Em cada uma destas novas categorias continua havendo a divisão entre motores diesel e gasolina. Resumindo, dez categorias foram fundidas em apenas quatro.

No Sertões… – Como faltam apenas alguns dias para a largada da maior prova deste gênero realizada aqui na América Latina, o Rally dos Sertões, vale a pena fazer um rápido paralelo com o novo regulamento para a categoria carros no Brasil.

Estamos num caminho parecido, também diminuímos o número de categorias, mas existe uma diferença fundamental: no Dakar teremos quatro classes, duas gasolina e duas diesel; já no Brasil, optamos também por quatro categorias, mas duas delas, inclusive na teoricamente principal, a TT2, misturam motores a gasolina e a diesel.

Ainda neste mês, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) deverá lançar seu novo regulamento e, pelo que tudo indica, deve remar na direção da maré de Dakar. Aqui no Brasil é tarde demais para corrigir o rumo, devemos continuar este ano com o que já foi estabelecido, afinal agora é hora de ligar o piloto automático e ver o resultado. Mas vale a pena pensar no futuro, afinal remar contra a maré sempre despende mais energia e energia é o que está em falta. Vamos evitar o apagão.

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A equipe BR Lubrax conta com o patrocínio de Petrobras, Mitsubishi Motors do Brasil e Pirelli, e o apoio de Eletronet, Carwin Acessórios, Assohonda, Controlsat Monitoramento Via Satélite, Mitsubishi Brabus, Planac Informática, Nera Telecomunicações, Telenor, Iveco, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Vista Criações Gráficas e Webventure. Para mais informações acesse o site www.parisdakar.com.br

Este texto foi escrito por: Klever Kolberg (arquivo)