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Na Rota do Rally Paris-Dakar 2003: Uma bola de neve no deserto

Redação Webventure/ Parceiros

Existem várias modalidades de ralis: o de regularidade, onde o objetivo é achar o caminho e manter a velocidade média pré-estabelecida; o raid, uma versão mais apimentada do rali de regularidade onde os competidores, além de estarem no lugar certo na hora certa, também precisam superar obstáculos como atoleiros, rios, subidas e descidas íngremes. Também temos o rali de velocidade, onde o que importa é andar o mais rápido possível, mas permite o reconhecimento e treino no percurso antes da largada.

O Rally Paris-Dakar pertence ao Cross-Country. Esta é a modalidade mais nova deste esporte. Ela mistura o que existe de mais complicado em cada uma das outras categorias. Temos um percurso secreto, ou seja, é necessário encontrar o caminho, num trecho com muitos obstáculos, muitas vezes fora da estrada (daí o nome off road) ou sem estrada nenhuma (situação comum no deserto). Ganha quem for mais rápido. Então é preciso acelerar forte sem ter certeza do que está pela frente.

Esta categoria também tem características ímpares. Ela une motos, carros e caminhões. Este fato talvez seja um dos motivos principais do sucesso deste esporte. Unindo os três veículos, ou três mercados diferentes, a prova atrai um número maior de pilotos. Para se ter uma idéia, 479 veículos estão inscritos para o Rally Paris-Dakar 2003. Fazendo uma conta, somando seus tripulantes, sem falar em mecânicos, organizadores e imprensa, já são quase 1.000 pessoas envolvidas. Isto atrai público, mídia e patrocinadores. No Brasil esta é a modalidade que mais cresce, tanto em número como em qualidade, já que inclusive veículos projetados aqui, como o Mitsubishi L 200 Evolution, estão sendo comprados por estrangeiros para correr no deserto do Saara.

O Dakar ainda traz mais um ingrediente para diferenciar sua personalidade. É uma prova de longa duração. A edição 2003, a partir do dia 1o de janeiro, entre a França e o Egito, terá 19 dias e 8.552 quilômetros. Isto quer dizer que o rali se torna uma prova de resistência. Eu acho que é mais do que isso. A palavra resistência pode ser usada quando tudo o que foi planejado está dando certo. Mas para aqueles que por algum motivo estão sem a equipe de apoio no final da prova, o rali passa a ser um teste de sobrevivência onde os problemas vão se acumulando, formando uma grande bola de neve querendo te pegar.

Klever Kolberg, 40, é piloto da Equipe Petrobras Lubrax e participa do rali Paris-Dakar há 16 anos.

A Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Controlsat Monitoramento Via Satélite, Minoica Global Logistics, Mitsubishi Brabus, IBM, Planac Informática IBM Business Partner, Nera Telecommunications, Telenor Satellite Services AS, Kaerre, Capacetes Bieffe, Lico Motorsports, Artfix, Sadia, Dakar Promoções, Vista Criações Gráficas, Adventure Gears, Kodak Professional, Mercedes-Benz Caminhões e site Webventure (www.webventure.com.br).

Este texto foi escrito por: Klever Kolberg

Last modified: dezembro 18, 2002

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