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Navegação decide o dia para carros e caminhões


Dupla Neves/ Maestrelli foi a melhor novamente (foto: Douglass Fagundes/ www.webventure.com.br)


Atualizada às 20h47

Direto de Palmas (TO) – Na especial de ontem, os pilotos sofreram com o terreno difícil e obstáculos. Hoje, na etapa de Minaçu (GO) até Palmas (TO), foi o dia dos navegadores terem muito trabalho. Cerca de metade da especial foi travada, com diversas entradas próximas e várias opções de passagem, que confundiram grande parte dos competidores.

“Só errei uma vez, mas perdemos três minutos, estava complicado”, comentou Clécio Maestrelli, navegador de Maurício Neves. A dupla repetiu o feito de ontem e fez o melhor tempo nesta segunda etapa.

O segundo lugar ficou com Marlon e Joseane Koerich, que ainda tiveram um pneu furado. “A navegação nos ajudou muito hoje. Não nos perdemos em nenhum ponto, enquanto todos os ponteiros erraram em algum momento”, comemorou Joseane Koerich. “Rally dos Sertões é assim, um dia se está em baixa, outro em alta. Hoje foi o nosso dia, e espero que continue assim”, declarou Marlon Koerich, em relação aos problemas mecânicos da primeira etapa que fizeram a dupla terminar em 18º lugar.

Impressão dos pilotos – A segunda especial do Sertões 2007 foi prazerosa para a pilotagem, de acordo com os competidores que chegam em Palmas. O trecho teve terreno de cascalho e terra batida, mesclando curvas escorregadias e retas de altas velocidades.

“Foi um dia com mais cara de rali mesmo, altas velocidades, que testam a qualidade do piloto, e não a durabilidade dos carros”, comentou Marlon Koerich.

“Nos perdemos no início da especial e o Franciosi nos passou. Depois não conseguimos pedir passagem e ficamos 40 quilômetros grudados nele. Daí foi a vez de ele errar e nós passarmos de novo. Logo em seguida tivemos uma pane no alternador e começamos a administrar para o carro não esquentar demais. Mais uma vez, a vitória no dia foi uma surpresa para nós”, comentou Maurício Neves.

João Franciosi ressaltou os perigos da etapa. “Foi um dia muito difícil e perigoso. O trajeto dava uma impressão que se poderia andar mais, porém tinham muitas curvas perigosas, com abismos do lado”.

Caminhões – Nos caminhões a história não foi diferente. O navegador vencedor da etapa de hoje, Solon Mendes, também afirma que navegação foi decisiva. “Vimos muitos competidores perdidos. Tinha gente vindo de todos os lados. Comentei com o Edu [Piano, piloto] que deveríamos ter calma, porque a etapa de hoje poderia decidir muita coisa”, contou.

Edu Piano, Solon Mendes e Davi Fonseca competem com um caminhão F4000 encurtado, do tamanho de uma picape, cerca de 300 quilos acima do peso mínimo aceito para a categoria. “Mas hoje isso não foi vantagem para nós. Somos mais leves, mas nosso motor é mais fraco. Os caminhões maiores chegam fácil nos 150 quilômetros por hora nos trechos de reta, e nós temos mais dificuldades até chegar nessa velocidade”, afirmou o navegador.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa/ Webventure