Guiga e Palmeiro tiveram um ótimo desempenho no dia (foto: David Santos Jr/ www.webventure.com.br)
Direto de Fiambalá – A navegação foi primordial para um bom desempenho nesta terceira etapa do Dakar 2010. O trecho entre La Rioja e Fiambalá, na região Noroeste da Argentina teve 182 quilômetros, com a primeira metade passando por um labirinto de cerrado e rios secos.
A vitória do dia ficou com Stéphane Peterhansel, líder também na classificação geral. O melhor brasileiro foi Guilherme Spinelli, que mesmo largando em vigésimo lugar conseguiu fazer o décimo melhor tempo, e ocupa agora a oitava colocação geral.
Spinelli dedicou a etapa a seu navegador, o português Filipe Palmeiro. Como muitos previam, começou hoje o rali de verdade. Uma especial muito difícil, que eu quero dedicar ao Filipe, por conseguir nos fazer chegar até aqui. Ele me transmitiu uma segurança gigante, me orientou o tempo todo nas dunas e isso fez diferença dentro do carro, contou o piloto brasileiro.
Para ele, essa foi sua experiência mais difícil na prova. Com o pouco de experiência que tenho no Dakar – as seis especiais do ano passado a etapa de hoje foi a mais complicada. Trechos dificílimos com dunas, paredões, muita pedra e vegetação que escondia as trilhas. Realmente uma especial de gente grande, estamos felizes por conseguir terminar, comemorou Spinelli.
Seu navegador, Felipe Palmeiro, também terminou a etapa contente. Não foi um dia simples. Tivemos três problemas em que precisamos descer do carro para resolver. Mas na navegação até que fomos bem, tive um pequeno erro no início, mas conseguimos resolver rápido. Se todos os nossos dias fossem assim, já estaríamos entre os cinco primeiros. Mas hoje é só o terceiro dia, e o primeiro que a competição ficou séria, ainda temos muito pela frente, disse o navegador.
Carlos Souza impressionado – O português Carlos Souza, experiente no Dakar africano, encontrou semelhanças em sua estreia na prova da América do Sul. Foi um dia bem parecido com o que tínhamos na África. Só que as dunas aqui são bem diferentes, mais altas e as menores com areia muito fofa. Mas aos poucos vou me acostumando, disse.
De acordo com Souza, o dia para seu navegador, Miguel Ramalho, também não foi fácil. O Giniel [de Villiers] tombou na nossa frente e interrompeu a pista. Nós tentamos dar a volta, ficamos atolados na areia e acabamos perdendo a embreagem. Conseguimos sair, mas depois nos perdemos. Assim que voltamos para o caminho certo fizemos algumas ultrapassagens, mas não conseguimos subir em uma duna gigante do caminho. Tive que voltar, murchar os pneus, pegar embalo e subir de novo. Chegando lá em cima tivemos um pneu furado, contou o português.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa/ Webventure