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Navegadores contam desafios da próxima perna


Marcel Van Trieste com Torben Grael dentro do Brasil 1 (foto: Pepe Ribes/ VOR)

Direto do Rio de Janeiro (RJ) – Fracos ventos contra, calmarias na passagem pelo Equador, sistemas de alta pressão e uma chegada na Baía de Chesapeake, em Baltimore, que pode acabar com qualquer vantagem no final da perna. Esse foi o panorama que os principais navegadores da Volvo Ocean Race deram da próxima perna da prova, do Rio de Janeiro par Baltimore, nos Estados Unidos.

É a quinta vez que o navegador do Brasil 1 Mascel Van Trieste navega por essa rota e dessa vez afirma que será diferente. “É a primeira vez que a perna termina em Baltimore, nas outras etapas dessa Volvo eu já sabia o que esperar, porque já tinha feito antes. Essa será uma perna nova para todos”, comentou.

Para ele, a aproximação das Bermudas será um ponto chave na prova. “Até a subida do Caribe está tudo bem. Contudo, ao chegarmos nas Bermudas poderá ter uma zona de alta pressão até Baltimore, que também pode nos pegar no meio do caminho. Temos que começar a nos planejar para isso”, comentou. “E se optarmos por dar a volta nessa zona, será que vai ser melhor contornar a entrada do golfo? É uma decisão que desafia todos os navegadores e vai ser interessante ver quem vai acertar”, concluiu.

Desafios – Stan Honey, navegador do ABN Amro 1, acredita que os problemas com as condições climáticas podem aparecer bem antes do Caribe. Para ele, a frente fria que chegou hoje no Rio de Janeiro já é motivo de preocupação. “Acho que a parte mais difícil será lidar com essa frente que temos aqui no Rio. Iremos velejar atrás dela até chegar nas correntes do nordeste, com chuvas e vento fraco. Depois disso, a pior parte será lidar com as latitudes do norte terminando na Baía de Chesapeake. Lá será complicado, com ventos fracos e correntes”, explicou Honey.

O navegador também falou que a diferença entre os barcos desenhados por Bruce Farr e os veleiros do Team ABN Amro podem aumentar nessa perna, dessa vez a favor dos concorrentes. “A chegada em Baltimore é famosa por poucos ventos e todos sabem que não é a nossa condição ideal. Pode favorecer os veleiros da Farr, se tivermos ventos fracos. Nossa trabalho será velejar o melhor que pudermos”, concluiu.

O navegador dos Piratas do Caribe, Jules Salter, falou em vencer o ABN Amro 1 na chegada em casa do veleiro americano. “Podemos achar algumas regiões em que nossa performance seja melhor do que a do ABN Amro 1. Temos que torcer para que essas áreas apareçam com maior freqüência entre nós e a linha de chegada. Enquanto velejamos com ventos fracos fomos bem. Nessa próxima perna podemos ter ângulos favoráveis para o nosso barco”, adiantou.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa