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Neblina e “engarrafamento” no Cerapió


Engarrafamento na subida do Amparo. (foto: Luciana de Oliveira / Webventure)

Especial, direto de Parnaíba (PI) – Neblina, muito verde e garoa… Quem vê as imagens do desafio que deu início a este segundo dia do Cerapió pode pensar que se passava no litoral paulista, num daqueles feriados com tempo ruim. Na verdade, aconteceu no interior do Ceará. A paisagem e o clima são resultados de um “inverno” (época das chuvas) generoso no estado.

Tendo saído debaixo do Arco do Triunfo de Sobral, somente as motos encararam a subida do Amparo, no município de Alcântara. Era uma trilha bastante íngreme e travada, com pedras e vários trechos escorregadios por causa da lama. A dificuldade de superar alguns pedaços mais estreitos fez a serra lembrar outra localidade: uma congestionada cidade-grande. Um verdadeiro “engarrafamento” de motos se formou. Muitos pilotos desistiram de seguir em frente e voltaram para a base do morro para tomar um atalho e continuar o percurso. Outros, ao ver a fila de motos retornando, nem chegaram a tentar a subida.

“Eles deixaram de passar por dois PCs (postos de controle) e com isso vão perder 1.800 pontos”, comentou o organizador da prova, Erhlich Cordão. No rali de regularidade, como é o Cerapió, é obrigatória a passagem dos competidores pelos PCs espalhados no percurso e cada posto “pulado” reflete na perda de pontos, assim como chegar a esses postos atrasado ou adiantado em relação aos tempo pré-estabelecidos pela organização. “Foi por isso que eu avisei que este segundo dia seria decisivo para as motos”, completou Cordão. Apenas 61 das 155 motos conseguiram completar a subida e passar pelos PCs.

Na “Suíça” brasileira – Por volta das 8h30, a neblina baixou de vez na serra do Coreaú, local onde motos, quadriciclos, carros e bikes se reencontraram na etapa, cada um passando na sua vez. Dali seguiram para um neutralizado na cidade de Viçosa, que também se denomina “a Suíça brasileira” e que preparou uma recepção para o evento na Igreja do Céu. Depois carros 4×4, quadriciclos e motos encararam um TVE, teste de velocidade, onde o que conta é cumprir o percurso no menor tempo possível, uma característica de ralis como o Sertões.

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira