
Atleta foi bronze no Pan do Rio (foto: Thiago Padovanni/ www.webventure.com.br)
Aos 20 anos e em sua primeira Olimpíada, Nivalter Santos sonha longe: quero uma medalha, garante o canoísta brasileiro. Sei o quanto treinei e das possibilidades de chegar cada vez mais longe, diz entusiasmado. O atleta foi bronze no Pan do Rio em 2007.
Nivalter é o único atleta brasileiro a representar o Brasil na canoagem velocidade e o primeiro da história a se classificar na canoa. Meu pensamento é brigar por medalha de igual para igual. Tem que acreditar. Sei que tem atletas fortes, mas tem possibilidade, garante o brasileiro. E seu técnico, Pedro Sena, confirma isso: Ele diz que todos na raia são de carne e osso e que ele quer ganhar também. O brasileiro compete nas categorias C1 500m e C1 1000m.
A preparação que tivemos fez com ele acreditasse ainda mais, garante Sena, referindo-se às duas etapas da Copa do Mundo de Canoagem, na Alemanha, onde Nivalter consegui um 8º lugar, e na Polônia, onde venceu a semifinal e terminou em 5º.
De volta à São Vicente, eles tiveram toda a estrutura necessária em busca da medalha olímpica. Nosso objetivo é chegar na final dos C1 500m. Como ele é um atleta muito dedicado e concentrado, o foco dele é buscar medalha. Se chegarmos a essa final, ele tem grandes chances, garante o técnico.
Pedro conta ainda que Nivalter tem um psicológico muito bom, é determinado, não desiste e não está preocupado se um atleta é campeão olímpico e o outro é campeão mundial. Ele é muito centrado e tento passar a amizade que temos para gerar bons resultados, garante o técnico. Entrar na canoa é fácil, o difícil vai ser falar o ching, ling, ling, brinca Nivalter.
O início – Fruto de um projeto social em São Vicente, litoral sul de São Paulo, Nivalter é a prova de que o investimento no esporte dá certo. Aos 17 anos, um amigo o convidou para remar em uma escolhinha de canoagem. O Fabiano me ajudou, pagou R$ 10, e eu paguei os outros R$ 10. Fiz um mês, mas parei pois não tinha mais dinheiro, lembra o atleta.
É aí que entra Pedro Sena. O técnico encontrou o jovem em uma feira da cidade e disse que pagaria os R$ 20 mensais para ele treinar na escolhinha. Mas Nivalter ficou apenas dois meses, passou para o Projeto Navega São Paulo e logo ingressou na seleção permanente de canoagem, que treina em São Bernardo do Campo. Acredito que ele possa ir muito bem. Estou confiante, conclui Pedro.
Este texto foi escrito por: Thiago Padovanni
Last modified: agosto 18, 2008