Rodrigo (ao centro) e os amigos no bugue chegando em Fernando de Noronha. (foto: arquivo pessoal)
Meu melhor mergulho, sem a menor sombra de dúvidas, foi em Fernando de Noronha, em agosto de 2001. Estava com dois amigos fazendo altos mergulhos, porém ainda faltava o principal. Descobrimos que havia um naufrágio nas proximidades do porto e resolvemos então fazer um “noturno” por nossa conta.
Pegamos o nosso bugue alugado e partimos para o porto por volta das 20h. Nosso material resumia-se em pés de pato, snorkel, luvinhas, máquina fotográfica, uma faca e duas lanternas para nós três. Adivinhe quem estava sem lanterna? Eu mesmo! Ainda sim, não tive a menor vontade de desistir. O combinado era nadarmos sempre juntos, eu entre os dois para que iluminassem o caminho.
Pouco antes de entrarmos, Bruno, meu amigo, resolveu testar a lanterna e apontou para a água. Simplesmente passava por ali um cação de quase um metro e meio e parecia estar com fome. Bateu um frio na barriga, e a adrenalina foi a mil! Mesmo assim resolvemos entrar. Logo que iniciamos o mergulho, ainda na parte rasa fomos surpreendidos por simplesmente umas 100 lagostas que deviam estar se alimentando por ali.
Sem desistir – Logo a frente um outro susto: um peixe “agulha” (acho que é esse o nome) muito do mal humorado se irritou com o flash da máquina e partiu pra cima de nós! Na hora fiquei desesperado, mas depois achamos muito engraçado! Depois de uns 25 minutos nadando, olhamos para trás e vimos que estávamos nos afastando muito do porto, que passou a ser simplesmente um ponto de luz no meio do breu, iluminado apenas pelo luar maravilhoso de lua cheia.
Pensamos em desistir, pois não achávamos o naufrágio, até que o outro Bruno, após ter se desgarrado um pouco de nós, gritou achei!”. Fomos muito rápido em direção a ele e foi a “glória”! Achamos enfim o naufrágio… Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida e devo tudo isso a esses dois amigos, que são mergulhadores muito mais experientes que eu e me incentivaram muito! Tiramos muitas fotos do local, mas infelizmente não tinham muitos peixes rondando o naufrágio como imaginávamos, mas ainda sim foi maravilhoso! Espero voltar logo…
Este texto foi escrito por: Rodrigo Rodrigues