Algumas vezes a gente consegue sair de trás dos computadores para literalmente pôr o pé na lama… (foto: Arquivo Webventure)
Neste dia 28 é aniversário do Webventure. Completamos cinco anos divulgando a aventura. Acompanhando o crescimento do setor no Brasil, estivemos presentes em todos os principais eventos do país… Quando sobra um tempinho, também vamos viver as nossas aventuras, saindo de trás dos monitores de computador para literalmente pôr o pé na lama…
Para festejar nosso quinto ano, apresentamos algumas das aventuras vividas pela nossa equipe: jornalistas, programadores, designers, pessoal do marketing e, claro, os fundadores do portal, Renato Cukier e André Chaco.
Não foram desafios extraordinários, mas o suficiente para que a gente sentisse na pele um pouco daquilo que retratamos. O importante para nós sempre é conhecer o meio em que trabalhamos e, por que não, deixar a adrenalina correr solta. Embarque com a gente nessas e em tantas aventuras que virão!
O Parque Nacional do Itaiaia recebeu nossa equipe em setembro de 2001. Fazia frio e a expectativa era de conhecer mais de perto aquele que é considerado um dos maiores cenários da aventura no Brasil, com o pico das Agulhas Negras, Prateleiras e outros conhecidos montes.
Tínhamos a companhia de profissionais da Uggi, de propriedade de Marcelo Krings e Ana Ugrinovich. Eles prepararam dois dias de atividades na parte alta do parque, incluindo acampamento e escalaminhadas.
Poucos meses antes, na academia 90 Graus, em São Paulo, a maioria da equipe teve o primeiro contato com esta prática de subir pelas paredes. Já naquela ocasião ficou clara a importância de se realizar a atividade com consciência, ganhando conhecimento gradual e jamais dispensando a segurança.
A viagem a Itatiaia, claro, foi baseada nesses conceitos. É importante saber o que você esta indo fazer e estar acompanhado de pessoas experientes, pois faríamos uma atividade que tinha risco de vida, destaca o diretor de projetos Renato Cukier.
Antes de chegar ao Parque, fizemos uma curta caminhada. Alguns menos acostumados a andar pelas pedras tiveram ajuda dos mais experientes. No dia a dia este papel se inverte muito. Às vezes você é o mais experiente e precisa ajudar aos outros; e, às vezes, é você quem precisa de ajuda, lembra Renato que, junto com o sócio André Chaco, era um dos veteranos na aventura.
Nossa “casa” no Parque – Em Itatiaia, acampamos num local isolado. Montar as barracas foi a primeira atividade. Minha maior expectativa estava relacionada a como seria acampar com todos os colegas do trabalho e passar uma noite ao relento, frio e provavelmente com chuva, comenta a diretora de marketing Vívian Cukier.
Depois, todos seguiram para uma caminhada subindo uma pedra próxima ao acampamento, onde parte do grupo realizou um rapel. Antes, Krings explicou alguns dos fundamentos desta técnica de escalada. Vale lembrar que eu tinha muuuuito medo, confessa Cristiane Savieto, contato publicitário.
A chuva pegou a equipe no fim da caminhada e adiou a hora do jantar… Quando deu uma trégua, fomos todos para a cozinha preparar o bom e velho macarrão. Nada de banho…
Choveu durante toda a madrugada e alguns foram pegos de surpresa na manhã seguinte porque cometeram um daqueles erros primários de acampamento: deixaram os tênis secando fora da barraca… E andar com calçado molhado não dá pé!
Rumo ao cume – Depois do café-da-manhã, a decisão foi seguir para o morro do Couto. Antes da caminhada, fizemos uma seção de alongamento e seguimos para a entrada do Parque. Na estrada que leva ao início das trilhas cruzamos com outros grupos, incluindo até visitantes estrangeiros.
A trilha para o Couto não tinha praticamente nenhuma sinalização. Alguns pontos possuíam os chamados totens, pedras empilhadas que confirmam que você está na direção certa. Achei importante realizar esta aventura em grupo, me sentia mais segura. Por vezes, na trilha, perdia o caminho e lá na frente via alguém que me indicava por onde seguir, lembra Vívian.
O terreno é variado, com trechos mais planos, outros de subida, pedras e até brejos. Cerca de três horas depois, chegamos à parte final da pedra, um ponto que causou mais receio em parte do grupo por exigir a famosa escalaminhada. Shelly Zaclis, do marketing, comenta que de vez em quando não tinhamos lugar para apoiar direito o pé ou a mão e isso dificultou em pouco.
Nada que uma dose de auto-confiança e principalmente solidariedade dos guias e outros mais experimentados não pudessem nos fazer superar. Depois de vários coloque o pé aqui e firme a mão ali veio o consolo: estávamos no cume do Couto. A vista era de arrepiar! Todo o esforço que fizemos durante a subida foi recompensado, destaca Roger Grinblat, do nosso Mercado Aventura. Apreciamos a sensação com um momento de absoluto silêncio, apenas com as vozes daquela exuberante natureza.
Superação – Quem ainda não havia feito o rapel, teria a chance de retornar à base da pedra pela corda… Não sou muito fanático em fazer rapel, me deu aquele friozinho na barriga. Mas acredito que o medo ou uma situação difícil fazem parte de uma aventura, diz Roger. A chuva fina interrompeu a descida e quase todo o grupo se viu obrigado a escalaminhar novamente.
De volta ao acampamento, era hora de arrumar tudo e voltar à loucura de São Paulo. Afinal, no dia seguinte, estaríamos outra vez nos bastidores de aventuras vividas por outros. Mas voltamos diferentes, colecionando lições, das quais a ajuda mútua foi a mais valiosa, segundo a maioria.
Em novembro de 2001, a equipe Webventure estreou no rafting. Claro, em Juquitiba, um dos principais berços da modalidade no interior de São Paulo. Incrível, mas a chuva outra vez nos acompanhava!
Saímos cedo da capital e em cerca de uma hora chegamos ao sítio da operadora Canoar. Em pouco tempo, estávamos divididos em times e equipados com colete salva-vidas, capacete e remos. Outras 40 pessoas, aproximadamente, também se preparavam para a descida.
Depois de posar para a foto, caminhamos até o início do rafting no rio Juquiá, onde os instrutores já nos aguardavam. Nos botes, recebemos as primeiras dicas de como segurar o remo, como remar, onde prender os pés e acertamos a posição em que cada um. Após um pequeno treino, iniciamos a descida num remanso (trecho em que a água é calma).
Naquele dia, o Juquiá estava baixo, com locais onde, se não remássemos de acordo com a instrução dada, poderíamos encalhar. Ainda assim, o nível permitia curtir o surfe e o Tobogã, sensações na descida em Juquitiba.
O surfe – Vinte minutos depois de iniciada a descida, chegamos ao surfe. Naquela corredeira, o bote pode ficar mais tempo parado nela, uma obra do fluxo e refluxo da água. Antes de encarar a diversão, fizemos um treino. Ficava clara a importância da sincronia do grupo e que os que estavam à frente estabelecessem um ritmo de remada confortável para todos no bote.
A cada vez descia um bote e quem esperava podia assistir a tudo de camarote, na margem do rio. Mas nem pensar em, mesmo em terra, se desfazer do colete ou do capacete. A questão da segurança é levada a sério o tempo todo e nos mínimos detalhes. O capacete me salvou de uma remada, lembra Vívian Cukier, diretora de marketing.
O surfe dura alguns minutos, mas vale a brincadeira, ainda mais para quem é escolhido para ser a carranca, ou seja, ficar na ponta do bote. Eu tive de ficar na frente, abaixada… Nunca levei tanta água na cara…, diverte-se Shelly Zaclis, também do marketing. O designer Marcelo Mello também passou um sufoco: Meu remo foi puxado pela força da água e eu quase fui junto com ele.
Chave de ouro – Um longo trecho de remanso se seguiu até a próxima ´emoção´, o Tobogã. Trata-se de uma queda de aproximadamente um metro e meio, que praticamente encerra a descida. Ali aprendemos mais um comando: Piso. Nele, todos devem ter a habilidade de rapidamente parar de remar e sentar-se no chão do bote, protegendo o remo para não atingir o colega do lado nem perdê-lo na queda.
Eu assisti a outros grupos descendo o Tobogã e parecia bem alto. Na nossa vez, foi engraçado ter de ouvir e executar as instruções e, ao mesmo tempo, sentir aquela adrenalina dos instantes que antecederam a queda, comenta a jornalista Luciana de Oliveira.
Com a competência dos instrutores, que ficam sempre na proa do bote e realizam as manobras, fica fácil. A descida do Tobogã fechou a aventura com chave de ouro.
Ao fim do rafting, carregamos os remos até o caminhão que leva todos os visitantes, sacolejando satisfeitos na estrada de terra. A maioria já pensava em um próximo rafting “com ainda mais emoção”, como disse o programador Rafael Steil, na expectativa de novas aventuras.
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E, no Minha Aventura, as histórias vividas pelos nossos internautas nesses cinco anos.
Este texto foi escrito por: Webventure