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Novas caras no Sertões 2005

Direto de Brasília (DF) – O maior rali da América Latina não é feito só de maquinas com tecnologia de ponta e muita poeira. Ao andar pelo parque de apoio de cada cidade dormitório da prova é possível encontrar os mais diferentes personagens que ajudam a compor a história do 13o Rally dos Sertões.

Entre equipes, pilotos e navegadores, mecânicos e organização, o circo do rali tem mais de 1.200 pessoas. Dessas, existem algumas que merecem destaque. Aos 60 anos de idade, sendo que 36 deles dedicados ao rali, Alberto Fadigati optou por deixar a adrenalina de andar na frente de lado e nessa edição do Sertões está ensinando um piloto a competir.

“Nós que representamos a velha guarda do rali nacional temos um pouco de obrigação de passar o nosso conhecimento aos que estão começando”, disse o campeão mundial de Cross-country ao lado de Reinaldo Varela. “Nessa equipe foi diferente, esses meninos não precisam de conhecimento e sim e experiência no rali”, comentou o professor de Felipe Nascimento.

Resultados – “Achei que conseguiríamos chegar entre os dez primeiros, mas tivemos alguns erros básicos como pane seca e falta de peças, coisas que não podem acontecer”, explicou Fadigati. “Quando eu entro para vencer é outra história, dou mais sangue. Mas aqui é diferente, também tenho a preocupação de transmitir meu conhecimento.”

A edição 2005 do Rally dos Sertões marcou a entrada de outra equipe média no rali Cross-country nacional. A RR Racing, sob o comando de Eduardo Rosenfeld, que completou 23 anos no último dia 30, ainda dentro da prova. Mesmo com poucos anos de vida, sendo que a maioria deles dedicada ao automobilismo, ele foi responsável pelos três primeiros lugares na categoria Production e três entre os seis melhores da Geral.

Tudo isso com uma média da faixa etária em 25 anos entre os mecânicos da equipe. “Aqui todo mundo trabalha por prazer. Dinheiro é algo que vem com o resultado, como será esse ano”, disse Eduardo, filho do chefe da equipe oficial da Mistubishi. “O interesse pelo automobilismo veio desde a infância, influenciado por minha família”, explicou. Aos 12 anos o garoto já era campeão de kart.

Agora investindo nas trilhas, Rosenfeld considera inesperado a colocação da equipe. “É uma surpresa, não por incapacidade da equipe, mas é difícil juntar três bons resultados de carros diferentes ainda mais na prova mais crítica que é o Sertões”, explicou o chefe de equipe.

Renascença – O bom resultado da equipe mostra a vitória da L200 RS contra o modelo Evolution, pilotada pelos integrantes das equipes oficiais. “Sempre soubemos que esse carro era muito rápido, mas não durava muito. Investimos em durabilidade e hoje é um grande carro de competição”, disse.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa