Édio de volta depois de dez meses sem competir (foto: Daniel Costa/ www.webventure.com.br)
Direto de Belo Horizonte (MG) – A chuva que assustava organização e competidores ontem não voltou a cair na manhã desta quinta-feira e as equipes seguiram tranqüilamente para a largada em Nova União, a 60 quilômetros da capital mineira.
Pela distância, existe a possibilidade de ainda estar chovendo em alguns trechos das três especiais de hoje. Mas é a primeira, de 100 quilômetros, que mais preocupa as equipes quanto ao estado do terreno.
O Terra Brasil marca a estréia de três duplas novas no cross country desse ano. Rearranjos dentro das equipes causou uma troca de cadeiras – ou de bancos – em duplas consagradas do rali nacional.
Klever Kolberg e Lurival Roldan separaram depois de cinco anos juntos, por motivos de agenda pessoal. Kolberg agora está com o navegador Luis Carlos Palú, que navegou para Ingo Hoffmann na temporada passada. “Ele já vem da mesma categoria que a minha, acho que não terá muitos problemas em se adaptar. Eu também já naveguei, quando corria de moto, então já estou acostumado. O que realmente me preocupa é a incerteza da chuva e do piso molhado”, disse Klever.
Se nas pistas a dupla pode ter problemas de adaptação, pelo menos no discurso estão entrosados. “As condições são parecidas com as do ano passado, com equipe e piloto de ponta, então acho que não terei muitos problemas para me adaptar com o Klever. A preocupação maior é com o terreno e com a etapa maratona, que podem fazer a gente andar mais devagar”, avaliou Palú.
Hoffmann e Roldan – Ingo Hoffmann volta a correr esse ano – ele não participou da primeira etapa, o Rally do Petróleo -, ao lado do navegador Lourival Roldan. “Toda estréia casa uma certa ansiedade, mas o que me deixa melhor é que tenho um bom entrosamento com o Ingo”, disse Roldan. “Minha estréia no cross-country foi com o Lourival navegando, na Mitsubishi Cup. Na ocasião ele me ensinou muito. Hoje em dia estou um pouco melhor, mas essa prova irá valer como uma preparação para o Sertões”, contou Hoffmann.
Outra dupla nova no rali também encara o Terra Brasil como uma preparação para o Rally do Sertões. O tri-campeão brasileiro Édio Füchter voltou para o rali depois de dez meses parado, dessa vez ao lado do navegador que lhe rendeu o título de campeão brasileiro de velocidade em 2002.
“Estou a dez meses sem competir, sem nem entrar em um carro de rali. Essa é minha primeira prova desde o Sertões do ano passado. Será uma prova para me readaptar, tanto ao carro, quanto ao novo navegador, o João Gomes, só para não largar a seco no Sertões desse ano, que é meu objetivo principal na temporada”, disse. O Terra Brasil e o Sertões serão as únicas provas da dupla esse ano.
João Gomes, seu parceiro, não esconde a ansiedade de estrear no cross-country. “Tenho uma certa experiência em regularidade e bastante em velocidade, mas essa é a primeira vez que vou juntar os dois”, disse. “Na verdade tenho muitas informações, mas só na hora que eu realmente vou saber quais usar”, completou.
Este texto foi escrito por: Daniel Costa
Last modified: maio 26, 2005
