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Novatos nos carros comentam a estreia no Cerapió

Em sua 25ª edição, o Cerapió ainda reúne novatos entre os carros. Equipes de diversas partes do país largaram na manhã desta terça-feira (24) da Praia do Cumbuco em direção a Trairi, no Ceará, para duas etapas.

Humberto Ribeiro, navegador experiente nas provas de cross-country como o Rally dos Sertões, largou hoje pela primeira vez no Cerapió, ao lado do piloto Fernando Oliveira. A dupla do Piauí usa uma L200 RS preparada para provas de cross-country. “O carro nos traz uma certa vantagem de desempenho, mas também é bem mais desconfortável”, disse o navegador, comparando seu veículo com os demais da prova, originais de fábrica.

Humberto competiu em ralis de regularidade de por oito anos, até 2007, depois se dedicou apenas às provas de velocidade. “Hoje foi um dia de readaptação. Na primeira etapa do dia eu cometi um erro, já a segunda foi mais tranquila. Acredito que será decidida nos detalhes. Amanhã espero navegar melhor”, afirmou.

Para ele, a principal diferença entre as duas modalidades é o formato da prova. “Em provas de velocidade a planilha não induz o navegador ao erro, e aqui, sim. Mas sem isso, não teria graça”, avaliou.

Pilotos. Para o maranhense Rogério Oliveira, que corre fora de sua terra natal pela primeira vez, a confiança no navegador alivia a falta de experiência. “Ele tem carta branca para decidir qual é o rumo do carro. Eu só sigo o caminho que ele falar. Por enquanto, tem dado certo”, contou o piloto, que já participou de provas como Copa Troller e Mit Motorsports, todas no Maranhão.

E o Cerapió 2012 conta ainda com pilotos que correm um rali no Brasil pela primeira vez, como é o caso do português José Maria Esteves. Atualmente morando em Macapá (AP), José levou seu Troller apenas para um evento off-road no Suriname, distante 1.200 quilômetros da capital do Estado. “Meu primeiro contato com provas assim foi em novembro do ano passado, no Rali das Savanas, mas é um evento bem diferente. Aqui o piloto é muito mais participativo, por causa do controle da velocidade. Achei muito interessante, estou pensando em seguir a carreira”, disse sorrindo o português.

Também sob a bandeira do Amapá está o piloto Manoel Gomes de Santos, que já fez quatro edições do Rali das Savanas e estreia no Cerapió. Para ele, a segurança da prova brasileira é um dos diferenciais. “Os lugares por onde passamos e a quantidade de pessoas da organização são melhores. E aqui podemos usar equipamentos digitais para a navegação, no Suriname eles são apenas mecânicos”, comentou.

Este texto foi escrito por: Daniel Costa, direto de Flexeiras (CE)