Anderson (esq.) e Fabiano (foto: Luciana de Oliveira)
Tão longe, tão perto… Assim tem sido a performance dos mineiros Anderson Guimarães e Fabiano Mattos neste Rally Terra Brasil. Nomes novos no cenário competitivo do cross-country, eles apareceram ontem como vice-líderes da prova, atrás de Reinaldo Varella, campeão mundial de rali por categoria, e à frente de competidores das superequipes de fábrica. Hoje, porém, problemas mecânicos e a escolha errada de pneus comprometeram o desempenho e eles caíram para a quinta posição no geral.
Nada mal para quem tem apenas dois anos de ralis, como é o caso de Anderson, que começou no automobilismo andando de kart. Ano passado, ele foi o quarto na geral na etapa Fortaleza da Copa Baja (da qual o Terra Brasil é a etapa inaugural de 2002) e em quinto em Santa Catarina.
Em busca de experiência – Há seis meses ele formou a dupla com o amigo Fabiano. Juntando recursos da Microcit e Rotcel, vieram para o Terra Brasil com estrutura limitada: um mecânico para cada veículo e um carro de de apoio. É uma estrutura que não chega aos pés da Mitsubishi e da GM, mas dá para levar na boa o rali, mas sem muita pretensão, diz o piloto. Só que num rali mais longo, a falta de uma equipe maior e mais experiente, compromete. Um exemplo foram os problemas desta etapa.
Hoje, desde o começo, tivemos problemas. O carro está apagando de vez em quando, depois ele volta ao normal, mas atrapalha. Depois escolhemos o pneu errado para o trecho de areia e ficamos “garrados, conta, pronunciando a última palavra do jeito tipicamente mineiro para dizer que praticamente não conseguiam desenvolver naquele piso. Perdemos três minutos, mas vamos ver se existe a oportunidade de recuperar.
O carro é o mais original possível, já que no restante da temporada 2001 as adaptações feitas não deram bons resultados. Capotei o resto do ano, brinca Anderson. Agora é pé no chão e andar forte. A sensação de largar na frente e andar na frente é muito boa. Não quero largar mais.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira