
O alemão Nelsinho vai torcer pelo Brasil (foto: Sérgio Sanderson)
São Paulo Filho de mãe holandesa e pai brasileiro, Nelsinho Piquet nasceu na cidade de Heidelberg, na Alemanha, foi criado no Principado de Mônaco, onde viviam seus pais, e há pouco mais de sete anos mora no Brasil. Nem esse verdadeiro samba do crioulo doido de possuir três cidadanias (brasileira, alemã e holandesa) faz Nelsinho Piquet, de 16 anos, ter qualquer dúvida sobre para quem vai torcer neste domingo na final da Copa do Mundo. Afinal, no peito do líder da Fórmula-3 Sul-Americana bate um coração verde e amarelo.
Lógico que vou torcer para o Brasil. Estarei torcendo muito pela seleção brasileira. Por outro lado, se a Alemanha ganhar, será a vitória do país onde nasci e se der Brasil o título vai ficar para a seleção de onde moro. Acompanhei todos os jogos, pois também não tem como não ver. Basta ligar a tevê para ver Copa do Mundo o tempo todo. Até enjoei, disse Nelsinho.
Ganhador de cinco corridas da Fórmula-3 Sul-Americana em oito provas disputadas neste ano, Nelsinho nasceu na Alemanha por uma questão de tradição familiar. Como seu avô materno é alemão e os europeus em geral ainda mantêm o médico de família, quando a holandesa Sylvia Tamsma, a mãe de Nelsinho, estava para dar à luz, se dirigiu a Heidelberg, a cidade em que o pai mora e onde vive o médico da família.
Mas só fiquei lá alguns dias, pois em seguida fomos para Mônaco, onde morei até os 8 ou 9 anos. Depois vim para o Brasil. O curioso é que quando me mudei para cá não falava uma palavra de português, pois fui alfabetizado em francês e conversava em inglês com minha mãe. Com o tempo fui aprendendo o português, explica Nelsinho que no dia 25 de julho fará 17 anos.
Enquanto seu pai, o tricampeão mundial de Fórmula-1 Nelson Piquet, é fanático torcedor do Vasco, Nelsinho tem no coração o São Paulo. Nada mais natural, pois quando ele desembarcou no Brasil o clube paulista atravessava excelente fase e vinha de dois títulos mundiais conquistados em 1992 e 1993. Na seleção, Nelsinho é fã do futebol de Roberto Carlos e de Rivaldo e se disse surpreso com um jogador.
Sinceramente, nunca tinha visto o Ronaldo jogar como está fazendo nesta Copa do Mundo. Sabia que ele era muito bom, mas até hoje não tinha feito muita coisa. Agora, na Copa, ele estourou. Acho que ele e o Rivaldo marcarão os gols da vitória de 2 a 1 do Brasil.
Outros pilotos da Fórmula-3 Sul-Americana também confiam na seleção brasileira. Para Danilo Dirani, vice-líder da categoria, o Brasil vai vencer por 2 a 0, gols de Rivaldo e Ronaldo.
Não jogo nada, mas acompanho todos os esportes e vi várias partidas até mesmo aquelas das 3h30 da madrugada. O Brasil vai ser pentacampeão.
Terceiro colocado no campeonato, Thiago Medeiros acredita numa vitória mais apertada do Brasil.
Será 2 a 1, com muito sofrimento. Gosto de futebol, mas não sou muito fanático. Só vi algumas partidas da Copa, pois é complicado acordar de madrugada. Agora, se fosse Fórmula-1 acordaria sem problema.
Líder da F-3 Light, o ex-meia-esquerda do Dente-de-Leite do Palmeiras Duda Azevedo diz que o Brasil vencerá por 2 a 1. Ele critica Rivaldo e elogia Denílson.
Não gosto do futebol do Rivaldo. Ele é muito ruim, mas o Denílson humilha os caras. Quando ele pega a bola, deita e rola.
Vice-líder da F-3 Light, Daniel Landi é outro fã dos dribles de Denílson.
Vamos vencer por 1 a 0, gol de Ronaldinho Gaúcho. Acho o Denílson brilhante, pois quando ele pega a bola vai para cima mesmo.
Este texto foi escrito por: Milton Alves
Last modified: junho 27, 2002