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O corpo doído da segunda-feira e o excesso de informações


Saiba se livrar do cansaço mental (foto: Arquivo Pessoal/ Alê Silva)

Nada como a sensação do corpo doído na segunda-feira, sinal de que os exercícios e a atividade do final de semana existiram. Se você é normal como eu, e trabalha durante a semana inteira, é no final de semana que a gente faz o que realmente gosta, sem nenhuma obrigação, só pelo prazer de fazê-lo. Se durante a semana tenho cansaço mental, é no final de semana que passo este esforço para o corpo. Não existe coisa melhor do que chegar no domingo à noite, cansado, quase dormindo em pé, mas com a cabeça limpa como água de montanha.

E não canso de relembrar uma frase do montanhista Reinhold Messner: “Os dias que estes homens passam nas montanhas são os dias em que realmente vivem. Quando a mente se limpa das teias de aranha e o sangue corre com força pelas veias. Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade e o homem, completo, se torna mais sensível; e então já pode ouvir as vozes da natureza, e ver as belezas que só estão ao alcance dos mais ousados.”

Ela exprime muito do que eu prezo na natureza e nos esportes: aquele contato mais primitivo com o ambiente em que vivemos, fugindo um pouco da tecnologia e dos avanços da vida moderna. Eu realmente gosto da inovação, mas, às vezes, me sinto afogado em tanta coisa nova, tanta atualização. A vida é complexa e simples ao mesmo tempo. E nos momentos que consigo, deixo-a o mais simples possível. Só assim tenho a cabeça limpa para apreciar coisas singelas como uma estrada rural e uma árvore balançando com o vento.

O que fazer – Faça um exercício de simplicidade: vá retirando, dia-a-dia, o açúcar que usa na sua bebida. A cada dia, use um pouco menos. A cada dia, retire um pouco mais. Vai chegar uma hora em que terá retirado todo o doce. Fique mais uns dois ou três dias sem açúcar nenhum e no dia seguinte coloque a mesma quantidade que utilizava anteriormente. O que você notou? Estava tudo muito doce? Este é o ponto.

Quando recebemos estímulos demais, os nossos sentidos ficam anestesiados e tolerantes, sendo necessário o aumento constante para nos satisfazer. Para conseguir voltar a um estado onde você possa apreciar as sutilezas da vida, é necessário andar alguns passos atrás, para poder caminhar vários passos para frente. Pense nisso!

Este texto foi escrito por: Rodrigo Stulzer