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O diretor de prova André Iervolino explica o Gaia Adventure Solo Races de Igaratá


A equipe Mitsubishi Francis Hydratta Quasar Lontra (foto: David dos Santos Jr./ Brasil Wild)

A segunda etapa do circuito Gaia Adventure Solo Races será rápida e dinâmica. É isso que explica o diretor de prova e também atleta André Iervolino, que realizará a competição em Igaratá, cidade paulista a 40 minutos da capital.

A disputa acontecerá no próximo domingo (16), terá aproximadamente 46,5 quilômetros e será composta pelas modalidades mountain bike, trekking, canoagem, tirolesa, navegação e por um teste especial.

As inscrições para segunda etapa foram prorrogadas até sexta-feira, custam R$ 150 por atleta e podem ser feitas pelo site www.gaiaadventure.com.br . O campeonato é o primeiro circuito de corridas de aventura individuais do Brasil e começou no ano passado com uma única prova, em Ilhabela (SP).

Em entrevista ao Webventure, André comentou a disputa, elencou os trechos mais difíceis da prova, deu uma dica aos competidores e falou um pouco sobre a importância das corridas de aventura solo. O organizador já correu com as meninas da Atenah e, atualmente, compete na Mitsubishi Francis Hydratta Quasar Lontra, de Rafael Campos.

Webventure – O que os atletas podem esperar da segunda etapa do Gaia Adventure Solo Races?
André Iervolino – Esta prova será no mesmo estilo da primeira etapa. Rápida, dinâmica e com constantes trocas de modalidades. Além disso, os atletas correrão em um ambiente de montanha e, não, na mata como foi a primeira etapa, em Juquitiba (SP).

Webventure – A terceira e última etapa acontecerá em 3 de setembro, em Ilhabela, no litoral paulista. O Gaia Adventure escolheu locais diferentes deliberadamente?
Iervolino – Sim, foi de propósito. Quisemos fazer cada etapa em ambientes diferentes para que os corredores pudessem sentir um pouco de cada localidade. Uma prova na mata, com rio de corredeira. Essa segunda nas montanhas, com canoagem em represa e a última competição, no litoral.

Webventure – Quais serão as pernas mais difíceis da etapa Igaratá?
Iervolino – Fisicamente, a bicicleta porque os atletas vão enfrentar o maior desnível de altitude da disputa. A mountain bike terá entre 25 e 30 quilômetros e os corredores encararão grandes subidas e descidas de serra.

Tecnicamente será o trekking, pois os competidores precisarão encontrar os picotadores, o que exigirá uma navegação mais precisa (Os picadores fixos substituiem as pessoas nos PCs. Os competidores largam com cartões de plástico para comprovar a passagem nos PCs com uma marca feita pelo picotador).

O intuito do uso dos picadores é fazer uma pista de orientação. Como o trajeto é curto, não precisamos disponibilizar pessoas paradas esperando nos PCs.

Webventure – Esta etapa também contará com um PC virtual?
Iervolino – Na verdade, haverá mais de um PC virtual. No trecho da mountain bike, teremos um PC virtual que não terá uma resposta, mas sim, um picotador.

Queremos evitar ao máximo o PC virtual onde os atletas precisam pegar uma resposta. Isto porque, às vezes, o competidor não chega ao local, mas encontra um amigo no percurso e consegue a resposta. Um outro caso é o do corredor que chega no PC posterior, fala a resposta alto e os outros ouvem.

Webventure – Quais serão as dificuldades da competição?
Iervolino – Isso varia de atleta para atleta. Para o competidor que já sabe navegar, a maior dificuldade é dosar o quanto que ele pode ir fisicamente.

Para quem está começando, o desafio é marcar o maior número de acertos. O nosso mapa está atualizado e na escala de 1 para 25 mil, que é a mais fácil para navegar. Mesmo assim, quem não está acostumado, provavelmente, entrará numa bifurcação errada. Logo, a dificuldade para quem está aprendendo a orientar é realizar o menor número de erros para não perder tempo.

Webventure – Haverá alguma facilidade?
Iervolino – Os atletas, que acertarem o teste especial, ganharão uma vantagem. Na verdade, são duas tirolesas, uma que vai e outra que volta. Quem acertar a prova surpresa, voltará pela tirolesa e quem errar, fará esse trecho correndo.

Webventure – Você dá alguma dica aos competidores?
Iervolino – Façam a sua prova! A competição não é difícil. Até hoje, as pessoas têm receio de fazer provas individuais. Os atletas precisam entender que é legal realizar competições solos.

Não no sentido de não estar com pessoas, mas pela possibilidade do competidor ter de navegar, montar a estratégia e administrar os próprios desgastes físico e mental. Dessa forma, os atletas aprenderão a fazer provas maiores e, conseqüentemente, tornar o esporte melhor.

Este texto foi escrito por: Debora de Lucas