Alessandro Mateiro o Amendoim com prancha de SUP (foto: Arquivo pessoal)
“O waterman é aquela pessoa que tem todos os brinquedos [equipamentos] e quase todas as habilidades para entrar na água. Se tiver vento, ele veleja. Se tem onda, surfa. Se não tem onda, o cara vai remar de canoa ou de stand-up paddle. Para mim, é aquela pessoa que consegue se divertir com qualquer condição de mar”, define Alessandro Matero, o Amendoim, o termo “homem do mar”, tradução para o português de waterman.
A competição que vai eleger o primeiro waterman brasileiro acontece na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP), neste sábado (10) e domingo (11). Os atletas terão de encarar quatro modalidades aquáticas: natação, surfe, canoa havaiana e stand-up paddle (SUP).
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Entre os desafiantes, nomes nacionais de peso, como os surfistas Danilo Couto, Rodrigo Resende e Carlos Burle, e alguns convidados internacionais. E um forte candidato é o próprio Amendoim, que contou ao Webventure o que espera da competição.
Você já participou de outras competições do mesmo estilo lá fora. O que você pensa sobre ter um evento desse tipo aqui?
Mesmo lá fora esse tipo de campeonato não é muito comum. É um formato diferente. É uma competição multiesporte, mais comum na Austrália. A ideia é bem legal, pois junta o pessoal de vários esportes. É uma oportunidade para a galera se conhecer e ter a chance de praticar uma modalidade diferente da que está acostumada.
Você está se preparando especificamente para o desafio?
Eu estou preparado, pois na próxima segunda-feira vou para a Califórnia, participar de provas internacionais. Estou na final de dois circuitos de SUP: o The Battle of the Paddle e o festival Hennessey’s, este de uma uma marca de bebida e um bar. Então, basicamente me preparei para essas provas. Tenho feito o treinamento funcional, como sempre faço, e remado canoa e stand-up. É o que tenho feito.
Você é um dos atletas mais experientes, principalmente em SUP e canoa havaiana. Queria saber se você está confiante para levar o primeiro lugar na competição do final de semana?
A ideia é sempre ganhar, mas a gente não pode subestimar e nem desmerecer ninguém. Tem pessoas bem preparadas. O pessoal que rema comigo tem treinado bastante. Então, a gente nunca sabe o que pode acontecer. Mas, eu tenho chance de ganhar e vou fazer de tudo para conseguir.
O pessoal da organização afirma que o objetivo do desafio é reforçar novos esportes náuticos no Brasil, como SUP e canoa havaiana. Qual a importância do desafio para esses esportes?
Eu tenho uma escola de canoagem na USP [na raia da Universidade de São Paulo, na capital paulista] e fui um dos primeiros a divulgar esses esportes no Brasil. Este é o meu trabalho, é o que eu faço hoje como profissão. Então, acho ótimo. A iniciativa do Alemão [de Maresias, um dos organizadores da competição] foi bem legal. Ele é um cara que acabou se envolvendo com a canoa havaiana por influência da gente. Ele tem a visão do waterman.
O que é um waterman?
Para mim, é aquela pessoa que tem todos os brinquedos [equipamentos] e quase todas as habilidades para entrar na água. Se tiver vento, ele veleja. Se tem onda, surfa. Se não tem onda, o cara vai remar de canoa ou de stand-up paddle. Para mim, é aquela pessoa que consegue se divertir com qualquer condição de mar. Ou seja, não tem desculpa para ele não estar na água. Por isso, eu sou uma das pessoas que mais apoia essa ideia. É o tipo de competição que faz o cara pensar em se dedicar a outro esporte, para complementar o principal que ele já pratica.
Este texto foi escrito por: Pedro Sibahi