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O pó que faz bem

Normalmente, todos os competidores do Rally dos Sertões reclamam muito da poeira que enfrentam durante as especiais da prova. Mas hoje, na nona etapa da competição, o pó das trilhas entre Carolina e Barra do Corda, no Maranhão, foi benéfica para um dos competidores. Klever Kolberg, vencedor da especial de hoje, tirou muito proveito do pó que seus concorrentes levantavam a sua frente. Segundo seu navegador, o experiente Lourival Roldan, o fato da poeira dos outros competidores estar visível era um estímulo para acelerar durante a especial. “Isso foi nos dando ânimo. Começamos a pensar: ‘Estamos andando para caramba’ e começamos a acelerar mais ainda”, conta.

Na especial de hoje, a dupla Kolberg/Roldan largou na terceira colocação, mas ao final da etapa, os dois foram os primeiros a cruzar a linha. A recuperação começou quando os dois carros que estavam à frente de Kolberg, a S-10 de Édio Fuchter e a L-200 de Guilherme Spinelli, anunciaram suas coordenadas na planilha. “Quando eles começaram a se comunicar no rádio, descobrimos que eles não estavam muito à nossa frente. A partir daí, o Klever começou a se motivar e acelerou muito mais”, disse.

Depois de descobrir a posição de seus adversários, Kolberg passou a pressioná-los para fazer a ultrapassagem. “Precisamos passar três vezes pelo Édio até que realmente ficássemos a frente dele. Nas duas tentativas frustradas, tentamos passar muito perto de uma referência e acabamos permitindo que ele voltasse à nossa frente”, explicou.

Este texto foi escrito por: Bruno Doro