Na travessia Lapinha-Tabuleiro (foto: Divulgação/ Ministério do Turismo)
No caminho da Estrada Real, entre as serras do Cipó e Espinhaço, muitas cidades mineiras revelam grandes potenciais para o esporte de aventura e ecoturismo. Com relevos bastante precipitados, muita mata virgem, rios com longa extensão e muitas corredeiras, as cidades são um convite para os turistas. De Diamantina (MG) em direção ao sul, conheça algumas cidades que poderão entrar em seu roteiro aventureiro:
Diamantina – Com muita história para contar, desde a época da escravidão no Brasil, Diamantina é um dos pontos da Estrada Real mais procurados, não somente por ser o ponto de partida/ chegada da rota. Para o ecoturismo, a Gruta do Salitre (próxima à cidade de Curralinho), formada por quartzito e com formato de castelo, é uma boa opção para quem curte rapel, boulder e escalada, pois possui várias vias abertas.
O Caminho dos Escravos e suas íngremes ladeiras é opção para quem quer sair da cidade caminhando ou mesmo de bicicleta. São cerca de 20 quilômetros até o curso do Rio Jequitinhonha.
A doze quilômetros do centro em estrada de terra, Biribiri é uma vila que, em breve, se tornará o Parque Estadual Biribiri, com 18 mil hectares. Lá, é possível fazer trilhas de cerca de duas horas e visitar as três cachoeiras mais bonitas da região: Escorregador, Cristais e Sentinela.
Serra do Cipó – Com a flora mais rica do Brasil, a Serra do Cipó, localizada no Parque Nacional da Serra do Cipó, conta com várias atividades para os turistas que passam pela região. Trilhas, cachoeiras, cânions e rios fazem parte do percurso de quem se aventura.
O Cânion das Bandeirinhas, com 12 quilômetros de trilhas, deve ser feita com guias e o percurso passa por florestas com árvores típicas do cerrado; no cânion, é possível tomar banho nos poços formados. O Morro da Pedreira Grande é para aquelas que não temem altura: dedicado para o rapel, com 30 metros, tirolesa no Rio Cipó (95 metros) e canoagem. Rapel também é possível de encontrar na Cachoeira da Boa Vista.
Dentre as cachoeiras mais conhecidas está a da Farofa, com 240 metros de desnível. O percurso, por baixo, pode ser feito a pé, de cavalo ou de bike e dura cerca de 4 horas. A trilha para a cachoeira da Taboia também pode ser feita com bike e cavalo, mediante a uma autorização. São 8,5 quilômetros de trilha.
Lapinha – Distrito de Santana do Riacho, Lapinha é uma cidade que lembra muito as pequenas do interior, com mercadinho, bar e uma igreja que reúne a população. O destaque da região fica com o Pico do Breu, com 1.687 metros de altitude, o ponto mais alto da Serra do Cipó. A caminhada é íngreme, mas no meio do percurso é possível visitar duas cachoeiras: do Rapel e do Paraíso.
Conceição do Mato Dentro – A 175 quilômetros de Belo Horizonte, a capital mineira do Ecoturismo reserva belas paisagens e muita diversão e aventura na Serra do Espinhaço. A região montanhosa conta com muitas cachoeiras, poços, cânions e morros. Um destaque fica com Tabuleiro. A vila, na Serra do Intendente, está cercada de morros e belas paisagens. A mais bonita cachoeira, vista do ponto mais alto da cidade, ao lado da Igreja de Conceição do Mato Dentro é a Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de queda livre. Na terceira maior cachoeira do Brasil, também é possível realizar escalada na parede de quartzo, com duas vias disponibilizadas. A trilha até a cachoeira pode levar até 5 horas, ida e volta, pelo leito do rio.
Outra cachoeira muito visitada é Rabo de Cavalo, com 170 metros e três quedas. Na parte baixa, um grande poço se forma com água cristalina, própria para o banho. De Tabuleiro até lá, são seis quilômetros de trekking.
Própria para o canionismo, o Cânion do Peixe Tolo, é a segunda maior cachoeira da região com aproximadamente 200 metros de queda livre. Para explorar este cânion é necessário ter equipamento específico, experiência e uma autorização para qualquer atividade vertical nas cachoeiras da região.
Para quem gosta de trekking, os moradores de Tabuleiro indicam um passeio: a travessia Lapinha-Tabuleiro, que podem ser feita por duas vias, a Rota Comercial com 27 quilômetros e a Hard Route, de 40 quilômetros , que pode durar dois dias.
Serro – Localizada no centro da Serra do Espinhaço, o município une cerca de 100 cachoeiras pelos distritos de Milho Verde, Rio das Pedras, entre outros. Com 2.002 metros de altitude, o Pico do Itambém é uma das atrações da região, cm duas opções de acesso. São30 quilômetros de estrada de terra, mais 8 de trilha; ou 39 quilômetros de terra e 5 de trilha. É possível fazer esse passeio monitorado em trekking ou mountain bike.
O Rio Jequitinhonha, que nasce em Serro é uma ótima dica para quem gosta de canoagem. Ao longo da estrada de terra que leva à cidade de Curralinho, pequenas entradas levam o turista a praias formadas pelo desgaste das rochas dos cânions.
Este texto foi escrito por: Bruna Didario
Last modified: dezembro 8, 2009