Qual mulher nunca sentiu uma indisposição nos dias de menstruação, que a deixou de cama ou sem vontade nenhuma de treinar? Pois é, o sexo feminino realmente é o forte, já que não é fácil encarar a rotina de TPM ou cólicas. Enquanto algumas passam por isso facilmente, outras sofrem e a rotina acaba sendo alterada. Entre as corredoras as sensações são as mesmas, mas será que realmente existem diferenças de performance quando estamos naqueles dias?
A ginecologista Maita Araujo, especialista em performance esportiva explica que sim. Algumas mulheres ficam mais cansadas nesse período, principalmente aquelas que sangram muito e as que possuem cólica menstrual. A menstruação média dura cerca de dois a cinco dias, podendo ir até sete e a perda de sangue em média é de 80ml. Mulheres com aumento do fluxo, número de dias, ou com dor, treinam pior. E isso também vale para aquelas que tem TPM, diz.
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Melhor período de treino
Maita conta que o período mais interessante para treinamentos específicos é a fase pós menstrual. Ela dura mais ou menos dias dez dias, quando se trata de um ciclo de 28 dias. Pensando de uma forma simples: em um ciclo de 28 dias, a mulher ovula no 14º dia. Assim, 14 dias antes desta ovulação é a melhor época do treino.
Atletas de elite
Entre as corredoras profissionais muitas vezes há uma adequação de acordo com o ciclo menstrual. Confira como ela pode ser:
1. Menstruação: treino moderado ou leve (depende das queixas da atleta)
2. Pré ovulação: treino forte
4. Pós ovulação: treino moderado
5. Pré menstrual: treino leve
Devo treinar com cólica?
Qualquer atleta com dor treina mal, então é bom pensar duas vezes. Se a cólica é leve, ela pode usar uma bolsa de água quente ou algum analgésico receitado pelo médico e quando melhorar pode ir treinar, mas se a dor for muito forte é melhor ficar de repouso, explica.
Maita explica que não há nenhum malefício em treinar menstruada. Você tem que ouvir seu corpo. Existem casos de atletas que até relatam a melhora da cólica quando vão treinar. Essa questão é bem pessoal.
Este texto foi escrito por: Christina Volpe