O acidente na Serra do Mar anunciado na sexta-feira pela Petrobras como um pequeno derramamento de apenas 1.200 litros de óleo foi, na verdade, um vazamento de pelo menos 48.000 litros, que causou sérios danos à área de proteção localizada no município de Morretes, a cerca de 60 quilômetros de Curitiba (PR).
Foram atingidos os rios Sagrado, das Neves e Nhundiaquara, bem como manguezais da região, o que ocasionou a morte de diversas espécies de peixes. Segundo ambientalistas que estiveram no local, cerca de 30 centímetros de altura da vegetação das margens dos rios foram poluídos pelo óleo.
Um sinal da gravidade do vazamento é que apareceram mortos peixes de espécies que vivem nas profundezas dos rios como o cará e a traíra, indicando que a contaminação não foi apenas superficial. A principal fonte de renda da região é justamente a exploração dos rios por meio da pesca e do ecoturismo.
Limpeza até terça – Cerca de 500 homens trabalham na descontaminação, mas o rastro do óleo já chegou aos 12 quilômetros de extensão. A Petrobras montou uma seqüência de cinco barreiras e prometeu limpar toda a região até terça-feira. Ainda não há uma estimativa final do total de óleo vazado, mas o número deve ser superior aos 48.000 litros já admitidos.
A origem do vazamento, segundo a empresa, foi um buraco de 30 centímetros no oleoduto para transporte de combustíveis que vai do terminal de Paranaguá à refinaria de Araucária. O alarme foi soado por moradores da comunidade de Carambiú na manhã da última sexta-feira. A Petrobras diz que, como os tanques do porto de Paranaguá estavam cheios, não havia fluxo de combustível no duto, que continha cerca de 7 milhões de litros de óleo diesel.
Este texto foi escrito por: Webventure