Equipe na água vai remar para a largada. (foto: Luciana de Oliveira / Webventure)
Curiosamente, as ondas não estavam sendo um desafio costumeiro nas provas de canoas havaianas – lembrando que a terra-natal deste tipo de embarcação é famosa pelas melhores ondas do mundo do surfe. Ontem, na decisão da primeira etapa, em São Vicente, o encontro foi inevitável: o tempo nublado e com chuva fez o mar “grande”, como gostam os surfistas. E conquistou também os canoístas.
Inicialmente as condições do mar foram problema. As lanchas que acompanhariam a prova não podiam chegar à Ilha Porchat; apenas a do Corpo de Bombeiros, obrigatória, conseguiu ir até lá. Essa negociação atrasou o início da prova.
Quando tudo foi resolvido, os atletas da categoria Mista empurraram as canoas na água. Deviam ir além da zona de arrebentação para se alinhar e então iniciar a travessia. Exatamente naquele momento veio uma série de ondas mais fortes. O susto foi inevitável.
Vídeo-cassetada – “Quando vi as ondas, se pudesse levantar o braço e dizer: ´eu não vou mais´, faria isso…”, brinca Ana Helena Pucceti, da Vit Shop, campeã brasilera de remo. “No primeiro encontro com a onda, ela ergueu totalmente a canoa e eu fui parar no colo da pessoa que estava remando no banco atrás de mim”, descreve. Ela terminou a prova com hematomas. “Posso ganhar o troféu vídeo-cassetada! Mas não desanimo, estarei aqui na próxima”.
“Tive muito medo, estou com medo até agora”, disse Carla Greco, da New Cad-Água Marinha, após a travessia. “Quando a onda erguia a canoa, eu remava no ar…”.
A equipe de Carla chamou, especialmente para esta prova, a canoísta Roberta Borsari, Personalidade Webventure para substituir Luciana Pierry, que fraturou o pé. Bebeta surpreendeu-se: “Foi uma experiência inacreditável para todo mundo, nunca tinha visto condições tão extremas assim. As ondas estavam com até dois metros de formação lá no fundo”. A companheira de time, Gisele Volpi, concorda: “Hoje prestigiou-se o nome canoa havaiana”.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira