Webventure

Organização analisa segunda etapa da Copa Internacional de MTB 2006


Ciclistas no início do percurso (foto: Debora de Lucas/ www.webventure.com.br)

A segunda etapa da Copa Internacional Powerbar Reebok de MTB, que aconteceu no fim de semana passado em Conselheiro Lafaiete (MG), superou as expectativas de Rogério Bernardes, organizador e diretor de prova, devido às disputas na pista e ao alto nível dos atletas.

O evento, que contou com mais de 600 inscritos, teve Edivando de Souza Cruz (Astro/ Vzan/ Michelin) e Érika Gramiscelli (Specialized/ Vitales Saúde/ Reebok/ By Japão) como vencedores das categorias Super Elite Masculino e Elite Feminina, respectivamente.

“Houve competições maravilhosas. Na Super Elite Masculino, tivemos disputas eletrizantes. Elas foram tão grandes que o tempo de prova previsto foi abaixo do imaginado. Isso demonstrou a intensidade da copa e fez com que os competidores brasileiros estejam a cada dia, mais preparados para o Pan-americano 2007, no Rio de Janeiro”, diz o organizador.

Questionado sobre a possibilidade de um ciclista participar da terceira etapa sem a carteirinha da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), Rogério é taxativo: “Quem não trouxer o documento na próxima fase, não correrá. Posso dizer isso como organizador. Nos comprometemos com a União Internacional de Ciclismo (UCI) e o atleta precisa ter o compromisso de comprovar que ele faz parte da Elite”.

Por pouco, os bikers “sem-carteira” não disputaram a segunda etapa da Copa Internacional de MTB. Para evitar o fato, os organizadores da prova negociaram um termo de consentimento que permitia que os ciclistas irregulares corressem a competição. A carta foi assinada pelo comissário da UCI, Iverson Ladewig, pela Federação Mineira de Ciclismo, pela CBC e pelos atletas portadores do documento.

No entanto, os bikers irregulares devem enviar cópias de suas carteiras via fax até as 17 horas de amanhã. Quem não o fizer, perderá a colocação e pontuação da prova em Conselheiro Lafaiete.

Sobre o exame antidoping, Rogério lembra que a organização sempre quis tê-lo: “foi um avanço. Enfrentamos diversas barreiras para atingi-lo, inclusive a financeira. Na primeira etapa, quase o realizamos, mas o tempo burocrático não permitiu. Para esta fase, planejamos tudo com bastante antecedência”, conta.

Além disso, o organizador completa: “O antidoping mostra que a Copa Internacional é séria. Hoje, a copa é classe 2 da UCI e nós já solicitamos que ela vá para a classe 1, que é uma super pontuação. Com isso, mais atletas de outros países virão correr no Brasil e, conseqüentemente, os ciclistas brasileiros terão um nível maior”.

Alguns bikers sentiram a ausência do chip utilizado na primeira etapa, em Socorro (SP). De acordo com Rogério, o chip não funcionou e a organização está procurando outro parceiro para fazer a cronometragem da próxima prova.

Para a terceira etapa, que será de 5 a 6 de agosto, em Araxá (MG), Rogério diz que será uma pista nivelada entre a de Socorro e a de Conselheiro Lafaiete. “Ela será técnica e, ao mesmo tempo, exigirá muito da parte física do atleta”.

Este texto foi escrito por: Debora de Lucas