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Organização do Dakar faz reconhecimento na América do Sul


Primeiro dia (foto: Divulgação)

Os preparativos para a principal competição off-road do mundo seguem com todo vapor. Depois de quatro meses de muito trabalho, a organização do Dakar está terminando o reconhecimento da corrida e escrevendo o guia de bordo da prova, que será disputada em janeiro de 2009, pela primeira vez na história na América do Sul, entre a Argentina e o Chile.

A comissão responsável pela organização descreveu os últimos dias de reconhecimento com textos e fotos dos trechos que receberão o rali. A viagem descrita começa no que será a segunda semana desta edição do Dakar, em Valparaiso, no Chile, com destino a La Serena.

PRIMEIRO DIA

Eles seguiram pela primeira especial chilena. Nesta época de inverno, a região tem como característica a chuva e o frio. Com o tempo ruim, os organizadores procuraram um abrigo para fugir das baixas temperaturas. O que poderia ser uma experiência ruim acabou sendo bom, porque eles pararam em uma escola e foram recebidos por estudantes.

Após terminarem a lição de casa, os estudantes acompanharam os organizadores nos carros e navegaram pela internet. Sobrou tempo até para uma foto de recordação.

SEGUNDO DIA

A chuva era mais fraca no segundo dia. Com muita neblina, mas pouca chuva. Exceto à noite, quando choveu por três horas seguidas. A população do vilarejo recebeu a chuva com alegria. Eles esperavam essa chuva nos últimos 11 anos.

Durante o dia, estava frio, mas ensolarado e os organizadores continuaram seguindo para o norte. Depois das montanhas, veio a areia, vastos campos e as dunas, logicamente.

Na seqüência seguem mais descrições das dunas de Copiapo. Mas nada será comparado ao esforço que os pilotos terão de fazer em janeiro, porque nesta época do ano a média de temperatura é de 14ºC e no período que for disputado o rali, a média será de 45ºC.

TERCEIRO DIA

Nas Dunas do Norte do Copiano a vista era extraordinária. Os organizadores andaram por dunas que nunca tinham visto antes. Todos ficaram apaixonados pelo cenário, mas um pouco cansados, em função dos atrasos que aconteceram durante a viagem. Com as adversidades locais, eram cerca de quatro horas para andar 40 quilômetros.

Neste dia, os organizadores enfrentaram também problemas mecânicos. Mas, depois de muito trabalho tudo ficou bem e eles puderam seguir viagem. À noite, eles ficaram em um cânion de 1800 metros, com uma vista espetacular.

QUARTO DIA

Neste dia eles percorreram cerca de 260 quilômetros em uma boa velocidade. Eles já sabiam que poderiam ter uma média de velocidade melhor neste trecho de Copiapo. E isso é muito bom, porque de acordo com os organizadores, esses últimos 100 quilômetros devem ser bem difíceis.

Eles montaram acampamento, no fim das dunas, para facilitar a saída no próximo dia, quando a areia estiver mais fria. Os problemas mecânicos continuaram atrapalhando a viagem, pois o motor do carro de suporte quebrou outra vez.

QUINTO DIA

As previsões dos organizadores falharam e eles gastaram o dobro do tempo para percorrer o percurso. As dunas de Copiapo são mais complexas do que o imaginado. A média de velocidade era mais lenta em função da dificuldade e das belas paisagens. Eles pararam diversas vezes para observar o incrível cenário chileno.

Na seqüência da viagem, eles terminarão a especial de Copiopo a Fiambala, passando pelos Andes, na Argentina. A fronteira ficou fechada por três dias por causa da neve na região.

SEXTO DIA

Eles chegaram à Argentina. E sentiram que tiveram sorte porque o sol os acompanhou durante todo o percurso até os 4600 metros de altitude. Todos ficaram encantados pela rota que parece ser uma das mais bonitas e surpreendentes do próximo Dakar.

SÉTIMO DIA

Eles estavam quase no final da especial de Fiambala até La Rioja, que parece ser bem difícil. A complexidade era tanta que eles resolveram tirar as motos para achar o melhor caminho. A chegada calorosa por cada um dos vilarejos emocionou os organizadores. A paixão que eles sentiram pelos carros, caminhões e motos dos organizadores foi uma prévia do que poderá ser visto no próximo ano. Com mais problemas mecânicos, eles ficaram com apenas um carro e esperam que tudo esteja pronto para a próxima viagem.

OITAVO DIA

A paisagem mudou. As areias e dunas foram embora. Sujeira e árvores formam o cenário. O fim do rali parece com a chegada no Senegal. Mais um elemento novo muda o cenário: os cactos. É incrível vê-los com mais de quatro metros de comprimento. Agora, eles irão para Córdoba, onde escreverão a versão final da planilha da prova, antes de voltarem para a Europa. Algumas pessoas ficarão para arrumar os carros. Para que eles possam voltar no final de outubro para a região e terminar a planilha do rali.

Este texto foi escrito por: Webventure