Kléber Tinoco e Deco Muniz na preparação do percurso (foto: Divulgação)
A 14ª edição do Rally RN 1500 ficará marcada pela dificuldade de suas especiais, que proporcionaram aos competidores uma experiência real de estarem disputando um rali cross-country. A sensação de que a prova de 2011 exigiu mais de pilotos e navegadores não foi apenas comum aos participantes, mas a organização do RN 1500 também percebeu a mudança, comemorada ao final de mais uma edição, neste domingo (17).
Para Kléber Tinoco, diretor do rali potiguar, ficou a satisfação por realizar uma competição de alto nível. Tivemos especiais mais longas, difíceis. A prova foi mais dura, com cara de rali cross-country, comentou Tinoco. Temos feito provas mais técnicas, e isso foi a tônica desta edição, acrescentou o diretor do RN 1500, que também destacou a grande diversidade de terrenos que marcou o percurso.
“É sensacional finalizar um trabalho que exige tanta energia e espírito de coletividade recebendo elogios daqueles que são peças fundamentais (os competidores). Só tenho a agradecer imensamente a todos, disse Tinoco. O diretor ainda lembrou a grande preocupação da organização com a segurança, que deu resultado. Fizemos uma prova muito segura. Não tivemos nenhum acidente, só uma queda de moto, afirmou.
Deco Muniz foi outro que esteve por trás do sucesso do RN 1500 neste ano. Diretor de prova, ele deixou de correr como navegador entre os carros, ao lado do campeão Marlon Koerich, para definir o percurso e os detalhes da prova. “Sem dúvida estamos acertando, pelo menos esse é o feedback que temos recebido. Agora é manter a receita e adicionar surpresas”, disse Deco na chegada à capital Natal, de onde também largou o rali.
Satisfação completa – Se a organização pôde comemorar a participação de 88 veículos – 40 motos, 23 carros e 25 quadriciclos – em um trajeto que teve quase 500 quilômetros de especiais e passou por 50 cidades do interior potiguar, os competidores também valorizaram a oportunidade de disputar um rali de alto nível. Quando desenharam a prova deviam ter exatamente isso em mente: ir aumentando as dificuldades e cansando os concorrentes para que o teste fosse o mais completo possível. Parabéns! Conseguiram, afirmou Marlon, vencedor nos carros.
Na prova da mesma categoria, que valeu como segunda etapa do Brasileiro de Cross-Country nas motos, o rali foi a abertura do mesmo campeonato -, o navegador Glauber Fontoura chegou a conquistar uma vitória, na segunda especial. Correndo ao lado do piloto Luiz Facco, ele foi só elogios à edição 2011 do RN 1500. “Adorei participar do RN, tem um formato diferenciado, com especiais curtas e todos os tipos de piso, e gostei mais ainda porque exige bastante da navegação. Quero voltar nos próximos anos, por que é o cross-country que gostamos de fazer”, definiu Glauber.
Este texto foi escrito por: Rafael Bragança