O diretor do Raid Gauloises 2003, Alain Gaimard, divulgou nesta quarta-feira (10/06) as circunstâncias da morte de Dominique Robert, atleta francesa da equipe Endurance AGF, durante o trecho de canoagem que encerrou o primeiro dia da corrida de aventura, ontem, no Quirguistão (Ásia). O que a organização ainda não conseguiu esclarecer foi como as águas do rio onde estava Dominique, cujo curso era descrito como leve e regular, apresentando pouco risco, subiram subitamente, aumentando a velocidade do curso.
Pouco depois de deixar o posto de controle 3/área de transição para a canoagem, Dominique estaria remando a canoa com um companheiro de equipe (os times se dividiram em duas embarcações) quando tomou o caminho errado numa das muitas divisões que havia no rio. Na seqüência, o nível da água aumentou e a canoa onde estavam os franceses ficou presa nos galhos de uma árvore na margem do rio e virou. Dominque ficou embaixo da canoa.
Socorro – A equipe de resgate estava espalhada ao longo do percurso e teria prontamente chegado à canoa para socorrer os atletas. Dominique foi retirada, mas todas as técnicas para tentar reavivá-la não tiveram sucesso, explica Gaimard, que era amigo pessoal da atleta francesa e se disse chocado com a morte de Dominique, a primeira vítima fatal das 12 edições do Raid Gauloises.
Sobre os motivos para que o nível do rio tenha subido tão de repente, a organização estuda a hipótese do rompimento de uma barragem.
Nas margens do lago Issyk Kul, onde terminava o trecho de canoagem, o diretor ordenou a pausa na corrida e encontrou-se com cada uma das 17 equipes que precederam a Endurance AGF para dar a notícia da morte da atleta. Os times que estavam atrás foram levados ao local, de ônibus.
Em reunião, a maioria dos atletas teria decidido continuar a competição como uma homenagem à francesa, atendendo a um pedido de Gaimard. O diretor da prova afirmou que não haverá festa no final da corrida para que tudo esteja concentrado em homenagens à atleta.
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