Equipe Quasar Lontra comemora a vitória no Ecomotion Pró 2004 (foto: Camila Christianini/ www.webventure.com.br)
No segundo boletim informativo para os competidores do Ecomotion/Pro, a mais importante corrida de aventura da América Latina, a organização divulgou mais detalhes sobre cada modalidade dentro da competição que acontece de 29 de setembro e 9 de outubro nas Serras Gaúchas, Estado do Rio Grande do Sul.
As informações sobre a parte técnica da prova ficam agora mais claras, com dicas sobre o que levar. Dentre as dificuldades, os competidores irão enfrentar os 444 quilômetros com mountain bike, trekking, canoagem em caiaques e ducks, rafting, orientação por cartas e técnicas verticais.
Ao todo a prova terá 35 postos de controle (PC) e 17 áreas de transição (AT). A organização alerta que em algumas dessas áreas não será permitido levar apoio, o que exige que os atletas carreguem suprimentos. Por outro lado os apoios estarão em alguns PCs mesmo sem troca de modalidade para fornecer auxílio às equipes.
Alertas – O informativo enfatiza três pontos da edição 2005 que serão bem diferentes do ano passado, principalmente por causa da mudança de região. O primeiro deles é o frio: as serras gaúchas registram algumas das temperaturas mais baixas do país no inverno. É obrigatório levar anorak (casaco de tempo) e sacos bivaques, tudo para agüentar sensações térmicas possivelmente negativas.
Outro aspecto velho conhecido dos atletas de aventura é o preparo físico e mental para superar os 14 mil metros de desnível da prova, contando todas as subidas e descidas. Por fim, a diferença na navegação nesta edição do Ecomotion/Pro será a escala do mapa, que agora passa a ser de 1:50.000. O mapa terá imagens de satélite de alta definição, com precisão nos detalhes, segundo a organização.
Mountain Bike – A modalidade irá cobrir 53% do percurso da prova e 28% do tempo. Apenas essa informação basta para concluir que será o principal esporte da prova e que a velocidade será primordial para o sucesso. Será dividida em um trecho longo de 72 quilômetros e outro menor, com 11.
A organização alerta para pelo menos três downhill muito íngremes e técnicos, com muitas pedras e galhos soltos. O conselho é ter na mochila um kit para eventuais consertos. Para os menos experientes, o conselho é empurrar a bike sempre que se sentirem em condição de risco.
Trekking – Para essa modalidade, a relação é invertida com o mountain bike. Será responsável por 50% do tempo de prova e 32% do percurso. Entre os desafios, o relevo acidentado da serra e a orientação, além das armadilhas da natureza como áreas alagadas e trufeiras.
Orientação – Os campos gerais, em áreas sem trilha irão exigir muita navegação de alçada, usando pontos visuais como referência, e azimute, rumo tomado com relação ao norte da bússola. Poderá ser um diferencial no resultado final da competição para quem souber aproveitar.
Canoagem em águas brancas – O trecho de seis quilômetros de duck será um dos destaques da prova segundo a organização. No percurso está um cânion de 400 metros de profundidade e corredeiras de nível 2 e 3. A organização fornecerá os remos, uma vez que é impossível carregá-los até o rio.
Canoagem em águas calmas – O curto trecho de canoagem em águas calmas exigirá preparo físico e roupas contra o frio. Serão dois braços um com portagem no total de 49 quilômetros. O uso de kite e velas será permitido, contanto que a equipe carreguem os equipamentos. Os remos utilizados serão os da própria equipe.
Rafting – O grande diferencial desse ano é que não haverá guias locais para o rafting, as equipes serão auto-suficientes na direção pelos 12 quilômetros de rio com corredeiras nível 2 e 3. A organização recomenda a presença de pelo menos uma pessoa por equipe experiente no esporte. Os remos serão fornecidos, mas equipes que tiverem os próprios também poderão usá-los.
Técnicas Verticais – O Ecomotion/Pro 2005 terá quatro sessões de técnicas verticais, três com rapel e uma ascensão. A organização não divulgou muitos detalhes, já que esse será o elemento surpresa da prova. Apenas foi informado que todos os atletas precisam ter conhecimento em jumar (equipamento de ascensão).
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: setembro 12, 2005