Julio recebeu a imprensa neste sábado (foto: Lilian El Maerrawi/ www.webventure.com.br)
Direto de Palmas (TO) – Julio Pieroni, organizador do Brasil Wild Extreme, se reuniu com a imprensa que irá cobrir a segunda edição da prova, que acontece até o dia 14 de junho, no Jalapão (TO), para explicar como será a corrida de aventura, que terá 476 quilômetros.
A mesa de apresentação foi composta por Regina Reis, presidente da Agência de Desenvolvimento Turístico do Tocantins, e Marcelo Falcão, presidente do Naturatins Instituto Natureza do Tocantins, órgão responsável pela política pública ambiental do Estado.
O órgão foi um dos responsáveis pelo aval para a prova realizar o rafting no Rio Novo, garantindo que todos serão obrigados a preservar as espécies de pato-mergulhão, que está em extinção, que habitam o local.
Se eles não permitissem realizar a prova por causa dos patos, mais para frente outras pessoas poderiam matar os patos para liberar o local, como já aconteceu em alguns lugares do Brasil. Tem que haver co-existência entre as partes, garantindo a preservação, opinou Julio.
A corrida de aventura marcará também a abertura a um grande público ao Parque do Lajeado, que existe desde 2001, mas foi aberto ao público somente em abril, que foi quando começou a receber alguns estudantes, apenas. Desde sua criação, os responsáveis formatavam o local para o ecoturismo.
O Percurso – A prova começa neste domingo (7), com um deslocamento de 500 quilômetros entre Palmas e Mumbuca, com uma pausa em Ponte Alta, para o almoço. O pernoite dos atletas será em Mumbuca, porém a imprensa irá para Mateiros, município que aloca o povoado de onde será dada a largada.
Um dos primeiros atrativos da corrida serão as dunas do Jalapão, encontradas no primeiro trecho de trekking, que tem 45 quilômetros. No PC 3, eles inicial a perna de flutuação/ natação, e O PC 5 é o local do Dark Zone, em que os atletas saem da primeira etapa de rafting.
A relargada da prova no Dark Zone será escalonada de acordo com o tempo do primeiro colocado a chegar lá com relação as equipes que chegarem depois. Após esse trecho, a prova só para quando o campeão terminar o percurso.
Julio ressalta que o PC 7 valoriza a orientação. Os atletas terão que deixar a bike e buscar o local a pé, porém a dificuldade da estratégia dará aos que chegarem lá um bônus de duas horas no tempo total. O PC é facultativo, já que sua dificuldade é extrema.
A logística sem apoio, para o organizador, é bom para ressaltar a importância da lucidez e faz com que a corrida tenha um caráter totalmente expedicionário, a raiz do esporte.
Do PC 8 ao PC 13, serão 63 quilômetros de trekking que para Julio é a parte mais difícil da prova. Eles vão fazer esse trecho, na maioria, a noite, o que dificulta a orientação. Nessa etapa eles não encontrarão ninguém no caminho, contou. Ao final desta perna, Pieroni alerta que os atletas deverão apresentar cansaço grande e alguns problemas relacionados a isso.
Um trecho de 65 quilômetros de canoagem espera pelas equipes já no início do fim da prova, na quarta-feira (10). O rio começa com corredeiras, mas como no fim há uma represa, ele passa a ficar lento no meio para o fim, disse o organizador.
A segunda perna de mountain bike, que terá 118 quilômetros e começa após a perna longa de canoagem, é tida por Julio como uma das mais bonitas regiões da prova, em que a vegetação muda muito
Já prestes ao final do percurso, a prova chega a Taquaruçu, distrito de Palmas, uma cidade serrana com 68 cachoeiras catalogadas, em que o frio promete bater na noite de quarta-feira (10). Para chegar lá, as equipes terão um trekking de 21 quilômetros. Uma perna curta, mas enrolada. É mata fechada que os atletas terão que vencer.
De acordo com o levantamento da organização, o quarteto campeão deve terminar a prova às 19h de quinta-feira (11). Esse horário pode variar para mais ou para menos, claro, mas vamos monitorar, alertou. A chegada será de canoagem na Praia da Graciosa, a beira do Rio Tocantins.
Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi