Marlon e Bina surpreenderam com resultado no Dakar 2011 (foto: Divulgação ASO/ Maindru)
Nem mesmo ele esperava um resultado tão bom no seu primeiro Rally Dakar. Na volta ao Brasil, após ser o melhor estreante dos carros na edição de 2011, Marlon Koerich ainda estava orgulhoso do feito. No entanto, o piloto fez questão de dividir os louros da conquista com o seu navegador Emerson Cavassin, o Bina. Para ele, a parceria de sucesso foi fundamental para ir bem no Dakar tido como o mais duro dos últimos anos.
Todo mundo comentou que este estava muito mais difícil que o ano passado, então dá mais orgulho ainda de completar o rali que foi o mais difícil que teve já aqui (na América do Sul), disse Marlon, lembrando as edições de 2009 e 2010. Terminar um rali desses já é maravilhoso, completou o brasileiro, que também destacou o alto número de abandonos nos carros, quase metade dos competidores não completaram o rali.
Ao lado de Bina, Marlon terminou o Dakar na 14ª posição, e a parceria foi valorizada pelo piloto. É fundamental em um rali desse tamanho, além de ser um ótimo profissional, ser uma pessoa que você já tenha afinidade, comentou. O Bina foi excelente por isso: já era um parceiro, já o conhecia, a gente já se dava muito bem, completou Marlon, também elogiado pelo navegador. Caráter excepcional e uma pessoa fácil de lidar, definiu Bina.
Para a sequência da temporada, porém, Marlon não deve seguir na equipe Petrobras Lubrax, desfazendo a dupla com Bina. Mesmo assim, ele quer disputar novamente o Dakar no ano que vem. Com essa história de o Dakar vir para o Brasil, aumenta as minhas chances de participar. Eu, sem dúvida, quero voltar, afirmou o piloto, se referindo à possibilidade de o rali passar pelo Brasil nos próximos anos.
Muito mais off-road – Analisando as principais dificuldades do Dakar 2011, Marlon comparou o maior rali do mundo com as competições nacionais. É muito mais difícil. Lá a diferença maior é que é muito mais off-road. A maioria das etapas é off-road puro, não tem nada de estrada, nada como referência, disse o piloto, que citou as especiais disputadas logo após o dia de descanso como as mais complicadas.
Este texto foi escrito por: Rafael Bragança