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Os segredos da Etapa Carlos Botelho

Redação Webventure/ Outros

Briefing realizado ontem na USP; etapa Carlos Botelho abre o Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura. (foto: Lígia Nunes - Ação 4)
Briefing realizado ontem na USP; etapa Carlos Botelho abre o Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura. (foto: Lígia Nunes – Ação 4)



Representantes das trinta equipes inscritas para o primeiro desafio do Circuito de Corridas de Aventura, a etapa Carlos Botelho, que acontece neste fim de semana, com cobertura do Webventure, no Parque Estadual de mesmo nome, próximo à cidade de Sete Barras (SP), estiveram ontem no auditório da Faculdade de Educação Física, na USP, para o briefing da prova.

Os atletas irão enfrentar 110 km de percurso nas modalidades esportivas de trekking, mountain bike, técnicas verticais (jumar e rapel guiado) e canoagem (canoa canadense). Mas durante toda a explicação de Alexandre Salaverry, um do responsáveis pela organização, ficou claro que a estratégia para as técnicas verticais e a orientação sem erros na mata fechada serão os fatores essenciais para uma boa colocação na corrida. “É preciso ter muito atenção na orientação”, comentou.

Passo a passo – A prova começa com um trekking de 10 km, passando por um PC (Posto de Controle) virtual, na qual a equipe deve guardar a frase escrita na placa para dize-la no PC seguinte, até o primeiro AT (Área de transição), sem apoio. De lá, as equipes partem de mountain bike com 22 km de pedal.

Depois do segundo AT, o primeiro com apoio, trekking volta a ser a modalidade para mais 8 km, dessa vez, em mata fechada. “A dica é levar luvas pois é uma trilha de mata fechada e os competidores devem ter cuidado com os espinhos de plantas, como a breja-uvá, que podem machucar os atletas e atrapalhar o rendimento da equipe”, alertou Alexandre.

O primeiro corte da prova será no AT seguinte. Equipes que chegarem depois das 17h irão cair para a categoria Aventura e continuarão de bike. As que seguirem na categoria Expedição, a principal, irão para um trecho de 20 km de canoa canadense. Segundo Alexandre, “é um rio sem pedras e sem corredeiras, mas estreito e cheio de curvas”.

No final da canoa haverá uma ascensão em jumar, de 10 metros, para a troca de modalidade, novamente sem apoio. Os times, então, farão um trekking de 4,5 km. Logo após, mais um trecho de mountain bike, com 17 km. E por último, as equipes voltam ao trekking, dividido por um rapel. São 13 km até a Cachoeira Alta, local da técnica de descida, e mais 6 km para a chegada. A organização espera que a primeira equipe termine a corrida no início da manhã de domingo, às 6h, e a última, na pior das hipóteses, às 13h.

Discordância – O rapel gerou uma certa discussão no briefing de ontem. No primeiro momento, a organização tinha estabelecido um dark zone (período de descanso) no alto da cachoeira. As equipes que chegassem antes das 4h30 não poderiam descer.

O entrave entre atletas e organização foi que, com o dark zone, poderia haver um acúmulo de equipes para a descida do rapel, prejudicando exatamente aquela que chegou primeiro. “Vou ralar a prova inteira para ser obrigado a ficar parado no rapel, esperando que ele abra, enquanto as equipes encostam. Para depois ter uma relargada”, questionou Júlio Pieroni, capitão da Pousada das Cavernas.

A organização reviu sua posição e anulou a parada. “Nossa preocupação era com a segurança, mas as equipes mostraram que não era de interesse deles realizar a parada. Por isso, o rapel estará aberto a noite inteira para quem quiser descer”, justificou Alexandre.

Doação – Fora a superação física, as equipes deverão entregar uma cesta básica a organização. Seguindo a tradição, o arrecadado será doado às instituições carentes da região. A temporada 2001 da corridas de aventura começa sob a beleza do Parque Estadual Carlos Botelho, um dos poucos pontos da Mata Atlântica intactos. E você acompanhará todos os detalhes desta corrida aqui, na cobertura do Webventure.

Este texto foi escrito por: André Pascowitch

Last modified: março 9, 2001

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