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Oskalunga perde Brasil Wild e continua correndo atrás de patrocínio


Etapa da Brasil Wild em Monte Verde com técnicas verticais (foto: David dos Santos Jr)

No último final de semana, a Oskalunga (DF) foi desclassificada da primeira etapa do Circuito Brasil Wild 2006. A equipe brasiliense, que liderava a prova e era uma das grandes favoritas, cometeu erros de navegação entre o PC3/AT3 (Chácara Santa Rita) e PC4/AT4 (Alto da Serra) e no PC6/AT5 (Pasto do Sítio do Leonir) e acabou se perdendo na corrida de 167 km, acontecida em 11 e 12 de março, em Monte Verde, Minas Gerais.

Durante a premiação do Brasil Wild (12/3), o oskalunga Frederico Gall, o Lico, atribuiu a desclassificação ao erro de orientação no PC6 e à ansiedade do time. “Na segunda perna da canoagem, achamos que estávamos muito mais lentos do que deveríamos, ficamos meio aflitos e decidimos fazer a aportagem, isto é, chegar na estrada e carregar o barco até o próximo PC”, lembra Lico. “Mas na verdade, estávamos indo mais rápido e acabamos ultrapassando o ponto correto de desembarque. É possível que tenhamos cruzado com o PC6a, o posto virtual – que nos daria, duas horas de bônus no tempo de prova sem saber”, relembra.

Lico conta que a partir dali, a equipe aportou num local errado e que acabou vagando por aproximadamente 7 km em estradas de terra e de asfalto, o que fez com que o time se perdesse e derrapasse no ranking da prova. A Oskalunga não conseguiu reencontrar o rumo da corrida e acabou sendo resgatada pela organização.

Sem patrocínio – O capitão Monclair Cammarota não participou do Brasil Wild porque está com uma inflamação no tendão da sola do pé, uma facite plantar, mas avalia o resultado da equipe como normal. “A relação entre ganhar e perder é normal. Nós já perdemos tantas outras provas, que isso não vai afetar a Oskalunga”, diz. “Na verdade, a equipe está passando por uma fase delicada, estamos sem o nosso patrocinador de peso, a Brasil Telecom”, completa.

No começo desse ano, a empresa de telecomunicações encerrou o patrocínio de alguns atletas. Segundo a assessoria de imprensa da Brasil Telecom, houve um redirecionamento da verba esportiva para as velas de Roberto Scheidt, o atletismo e o time de vôlei feminino Brasil Telecom, do Distrito Federal.

Sob esse panorama, Cammarota crê que a maior briga dos brasilenses é manter o caixa da equipe e continuar a participar das corridas nacionais.“Já atingimos um certo patamar, se paramos de correr, podemos cair. No entanto, acreditamos muito em nós e sabemos que vamos sobreviver a essa tempestade e pegar a bonança”, analisa.

R$ 10 mil do Try On Adventure Meeting – No começo de 2006, precisamente de 10 a 12 de fevereiro, a Oskalunga disputou a final do Try On Adventure Meeting 2005/2006. Na última perna da prova, o time de Brasília foi surpreendido pela Lagartixa (RS), que saiu na frente na trilha da Praia de Boiçuganga, arrematou a primeira colocação e jogou os brasilienses para o segundo lugar do pódio

Como premiação, o circuito deu a uniformização completa da marca às duas primeiras colocadas, R$ 20 mil para o primeiro time, R$ 10 mil para o segundo e convidou ambas as equipes a participarem do Try On Spirit Team. A Lagartixa aceitou a proposta e agora passasse a se chamar Try On Lagartixa, no entanto, a Oskalunga ainda está acertando os ponteiros.

“Estamos negociando. Precisamos de um patrocinador que financie, pelo menos, as nossas corridas nacionais. Caso não consigamos isso, não vale a pena para nós e nem para a Try On. Necessitamos de no mínimo, chutando por baixo, R$ 30 mil”, admite o capitão.

A Oskalunga foi patrocinada pela Brasil Telecom por quatro anos e já correu provas como o Ecomotion/Pro Serras Gaúchas e o Adventure Racing World Championship 2005, na Nova Zelândia. O time é composto por Monclair Cammarota (capitão), Guilherme Pahl (navegador), Frederico Gall, o Lico, e Bárbara Bomfim e é visto como um dos mais importantes do Brasil.

Este texto foi escrito por: Debora de Lucas