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Palmeirinha reconhece erro nas dunas da Mauritânia


Palmeirinha fica desapontado com o desempenho (foto: Aifa RTF)

Direto de Atar, Mauritânia – Completamos a sétima etapa do Rally Lisboa-Dakar. Completamos meio que pela cozinha, meio pela porta dos fundos. Se esse era o vestibular para a faculdade de Dakar, digo que a gente não passou. Ou só passou porque colou e alguém deu uma ajudazinha extra.

A etapa de hoje estava muito difícil, uma das mais difíceis do Dakar até agora. Além de muito longa, a navegação estava complicada no início e o Fillipe Palmeiro se saiu excepcionalmente bem. Tão bem que, muito dos ponteiros que largaram bem na nossa frente, começaram a nos ultrapassar em torno do quilômetro 200, pois estavam todos perdidos.

Infelizmente nos últimos 100 quilömetros de especial, eram as famosas dunas extremamente complicadas da Mauritânia. E, nesse teste, nós falhamos. Ou melhor, eu falhei, pois sou eu quem leva o carro. Atolei até minha sexta geração. Nem com duas semanas cavando ia tirar o carro de lá.

Tivemos que esperar o nosso T4 (caminhão de apoio que está competindo dentro da prova) chegar para dar um puxão e nos tirar de lá. Infelizmente o que poderia ter sido nossa melhor classificação no Dakar e, quem sabe, chegar entre os 10 ou 15 primeiros, ficamos em 83º e hoje podíamos pular bem na classificação geral. Fazer o que? Tenho que comer muito arroz com feijão para aprender a andar nessas dunas. Estamos aqui para aprender.

Este texto foi escrito por: Paulo Nobre, o Palmeirinha