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Papaléguas contesta final do Ecomotion; decisão sai hoje

“Nós fomos a única equipe a completar o percurso da prova. Logo, vencemos”. Esta é a versão da Papaléguas, formada por Cláudia Vidigal, Pedro Guimarães e Ademar Ribeiro, que teria concluído a primeira etapa do Reebok Ecomotion Circuit às 21h30 de ontem, quando já havia sido feita a premiação final, que contemplou a Brasil 500 Anos como campeã. A organização do evento promete colocar um fim na dúvida nesta tarde: “Teoricamente, acho que eles venceram, mas existe uma série de fatores a serem analisados. Não queria ser injusto, por isso não vou decidir nada sozinho”, disse Said Aiach Neto, responsável pela corrida, à Webventure.

Said vai reunir uma “mesa do júri” ainda hoje para definir a situação das equipes, que acabaram divididas em três categorias: Competição (cujo percurso era o mais longo), Expedição (nível médio de dificuldade) e Aventura. A Papaléguas foi a única a cumprir o percurso da Expedição e a Brasil 500 Anos terminou sozinha na Competição.

“Quando chegamos, à noite, cansados, descobrimos que haviam premiado a Brasil 500… e tinham dado a gente como perdida no trecho de bike. Realmente demoramos 9 horas para cumprir um trajeto que, no papel, era estimado em cinco. Mas cumprimos, assim como a Brasil 500, só que eles estavam na categoria inferior”, narra Cláudia. “Eles ultrapassaram o horário-limite da prova, que era 18h”, diz Said. “Mas precisamos levar em conta que o rapel atrasou muitas equipes.”

“Disseram que ganhamos” – O ponto crucial da corrida foi esse rapel no PC 9, onde era preciso chegar até as 5h de domingo para a equipe se manter na Expedição. A Papaléguas chegou por volta das 1h30. “Levamos um susto: a organização nos disse que éramos primeiro colocados”, conta Cláudia. O time seguiu para os trechos seguintes de trekking e bike. “No PC 12 disseram que já tínhamos ganho a prova, que não havia outra equipe na categoria.”

“Nós chegamos às 5h05 ao PC 9 e fomos cortados. Depois lembramos que havíamos ficado 50 minutos esperando a montagem do rapel, então nosso horário de corte deveria ser às 5h50”, conta Uriel Santiago, da Brasil 500. Do PC 9 a equipe ‘pulou’ para o 11, na categoria Competição.

Depois de 9 horas de pedal, a Papaléguas fez o último trecho, de ride n’run, com três cavalos ao invés de um, “à conselho dos organizadores”, e terminaram a prova. “Foi muito decepcionante, ninguém sabia onde a gente estava, enquanto nos esforçamos ao máximo para terminar a corrida.”

Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira