Makoto entrevistado na EMA 2000 quando terminou em terceiro lugar. (foto: André Chaco / Arquivo Webventure)
A pergunta é sempre a mesma: em plena Amazônia, de tantas novidades, o que será o maior desafio para as 53 equipes inscritas na prova? Calor e a ameaça de picadas e alergias na floresta aparecem em primeiro na lista. A gente vai se deparar com carrapatos, micuins… Tem ainda as arraias de água doce, a pirambóia elétrica, e a química da floresta, plantas que podem causar alergia, enumera o experiente Luís Makoto, da equipe Scott, que já esteve antes na Amazônia.
Mesmo receoso com os perigos da selva, Makoto está aproveitando a estada no Pará. No almoço de hoje, em Santarém, ele e os companheiros Eduardo Coelho, Fernando Zara e Ana Helena, desfrutaram do acari na brasa. Antes, já haviam provado dos famosos peixes regionais, o tucunaré e o pirarucu. É incrível como esses peixes não são tão comercializados no sul do país!, elogia o atleta, que se assume como um comilão.
A estratégia da Scott, segundo Makoto, será diferente da que adotou em 2000, quando terminou a EMA em terceiro lugar com a equipe Adventure Gears. Não pretendemos adotar uma postura tão conservadora, de ir devagar e ficar somente em vigésimo no começo da prova. Queremos estar sempre no grupo dos primeiros, diz.
Transpiração – Para David Lindo, da equipe N.X.R., o trekking em mata primária será o fator mais desafiante. Mesmo assim, estamos confortáveis com relação à navegação, temos treinado bastante em mata fechada, sem trilha, conta. O calor já está incomodando mesmo antes de a corrida começar: Desde que chegamos aqui (a Santarém), não paramos de transpirar. Ele alerta ainda para o perigo dos insetos, sobretudo aos que podem transmitir doenças.
A largada para a EMA 2001 Amazônia acontece neste domingo. A previsão da organização é que as equipes completem o percurso de aproximadamente 550 km em até seis dias.
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira