O diretor de prova do Brasil Wild 2006, Julio Pieroni, acredita que a etapa Monte Verde, a primeira do circuito, cumpriu o seu papel. A característica do Brasil Wild é fazer provas técnicas, seletivas e, principalmente, bonitas. Esse percurso deu muita coisa aos atletas e bem foi técnico, diz. Quem ganhou, soube ter uma boa estratégia, se cuidou e errou pouco. Mas nenhuma equipe fez a competição 100% certa, completa.
A organização previa que o primeiro time cumpriria a corrida entre 19 e 20h, no entanto, a campeã, a Quasar Lontra fez a prova no tempo corrigido de 23h59. Quanto a isso Pieroni analisa: A chuva antes da competição e o vento na represa fizeram com que menos equipes terminassem a corrida, queríamos que mais gente tivesse feito a ascensão e o rapel .
Para a segunda etapa, de 15 a 18 de junho, na Serra da Canastra (MG), Pieroni adianta que a próxima fase terá as mesmas características, ou seja, com navegação, terrenos e orientação técnicos, porém, será menos intensa. A corrida vai ser menos intensa porque terá um percurso mais longo, haverá mais tempo de competição e creio que mais times conseguirão completar a prova. Em Monte Verde, tudo foi muito justo e qualquer pequeno erro já podia fazer com que o time não passasse pelo corte, lembra o diretor.
Falta técnica – Para Julio Pieroni, a grande falha das equipes brasileiras é que elas treinam muito força e se esquecem da parte técnica. Os atletas deveriam valorizar mais as técnicas das modalidades e andar mais nas montanhas. O trekking do PC4/AT4 (Alto da Serra) ao PC6/AT5 (Pasto do Sítio do Leonir) tirou muita gente da prova porque o terreno era técnico, o que não é igual correr no asfalto ou numa estrada de terra.
Como dica para a segunda etapa do Circuito Brasil Wild 2006, o organizador reitera a necessidade do aprimoramento e da valorização da técnica. Investir nesse tipo de treinamento, e não apenas no físico, fará com que a equipe ganhe velocidade durante a competição, finaliza.
O primeiro lugar da prova ficou com a Mitsubishi Quasar Lontra (SP) que cruzou a linha de chegada às 10h13, a segunda, a SOS Mata Altância (SP), às 12h33, e a terceira, a Selva – NSK Kailash (SP), às 14h14. Cada time recebeu os prêmios em dinheiro de R$ 2 mil, R$ 1 mil e R$ 500, respectivamente.
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Este texto foi escrito por: Debora de Lucas