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Para Peterhansel, fim do Dakar está longe

Redação Webventure/ Offroad

Depois de conquistar a segunda colocação na especial de hoje e manter-se na liderança geral do Rally Dakar, o francês Stephane Peterhansel lançou uma filosofia interessante. Apesar de estar a apenas 241 quilômetros cronometrados de mais um título, o piloto da KTM se vê bem longe da linha de chegada.

“Quando se está à frente, parece que a prova é sempre longa. Já quem está na perseguição acha sempre que seria melhor ter mais tempo para recuperar a diferença”, explica Peterhansel, com bastante razão no raciocínio.

Ele sabe que se superar a especial de amanhã, ficará com as duas mãos na taça. “Nunca é fácil falar desta última etapa. Não posso esquecer que no ano passado os carros perderam tempo entre Tambacounda e Dakar”, ressalta o francês, que tem 11min15 de vantagem para o companheiro de equipe Luc Alphand.

Pelo menos até o momento, Peterhansel não vê possibilidade de a Mitsubishi intervir na disputa e decidir quem será o campeão e quem ficará com o vice. “Ainda não houve qualquer instrução para a corrida, a não ser levar os carros até Dakar e ficar nos dois primeiros lugares, ou seja, não ter acidentes.”

O francês se mostra bastante disposto a continuar acelerando, e não pensa em administrar a vantagem. “Não vou dirigir como domingueiro e a prova disso é que hoje terminei apenas 26 segundos atrás do Carlos Sainz”, diz, referindo-se ao vencedor do dia.

Objetivos – Já Sainz, apenas o nono no geral, só pensa em ser o mais rápido. “Vou continuar atacando, para tentar minha quinta vitória, uma a mais do que em 2006”, conta o piloto da Volkswagen, que estaria na briga pelo título se não fosse um problema sério no carro no nono dia.

O francês Jean-Louis Schlesser, principal ameaça ao título da Mitsubishi, nem fala em ser campeão – ele está em terceiro, mas a 1h38min47 de Peterhansel. “Estou satisfeito por ter recuperado sete minutos em relação ao Al Attiyah”, conta, falando do quarto colocado. “Mas é claro que antes de comemorarmos o terceiro lugar, precisamos fazer a etapa de amanhã.”

O brasileiro Klever Kolberg resumiu a etapa. “Os primeiros quilômetros foram extremamente sinuosos, estreitos, com muitas árvores e erosões, difícil de pilotar. Depois do km 90 começou uma espécie de pedrisco e, mais pro final da prova, teve um trecho largo, bem rápido, mas com muitos buracos”, disse.

Este texto foi escrito por: Redação Webventure

Last modified: janeiro 19, 2007

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