Foto: Pixabay

PÁRA-QUEDISMO: Mais cores nos céus em 2005

Redação Webventure/ Páraquedismo

O único simulador de queda livre da América Latina. (foto: Camila Christianini/ www.webventure.com.br)
O único simulador de queda livre da América Latina. (foto: Camila Christianini/ www.webventure.com.br)

Em 2005 ouviu-se falar mais em pára-quedismo do que no ano passado. Um esporte caro, não acessível à maioria das pessoas, está ganhando mais adeptos dia a dia e a mídia ajuda na divulgação, já que é moda mostrar artistas famosos nos ares nos programas de TV.

Na Adventure Sports Fair, a maior feira de esporte e turismo de aventura da América Latina realizada em agosto na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo (SP), o pára-quedismo foi apontado como o terceiro esporte de maior interesse do público visitante.

Hoje, são mais de 40 mil pára-quedistas filiados à Confederação Brasileira de Pára-quedismo, mas apenas 5 mil são ativos e entre 1 mil e 2 mil participam de competições por todo o país.

Mas o número de pára-quedistas no Brasil é muito pequeno comparado aos Estados Unidos, por exemplo, que tem 40 mil atletas ativos. Segundo Ricardo Pettená, diretor da escola Azul do Vento de Pára-quedismo, a situação é essa porque o poder aquisitivo nos Estados Unidos é maior, o que permite que as pessoas pratiquem o esporte, que no Brasil é muito caro.

Ele costuma dizer que existem três motivos para que as pessoas não conheçam de perto o pára-quedismo. O primeiro é não colocar o interesse em prática; o segundo é o custo – já que um salto duplo, o primeiro que a pessoa irá fazer, custa entre R$ 350 e R$ 400 – e, em terceiro lugar, a barreira do medo.

Atraindo mais competidores em céus brasileiro, em 2005 os atletas ganharam o Circuito Chevrolet Montana de Pára-quedismo, que teve quatro etapas ao longo do ano e nomeou os melhores atletas da modalidade. Cerca de 140 pára-quedistas disputaram o circuito.

Além disso, está em solo brasileiro, o único simulador de queda livre da América Latina, também chamado de túnel do vento. O túnel é um cone com 13,5 metros de altura, dois metros de diâmetro e um motor de 650 cavalos a diesel que faz girar uma hélice de avião, com três pás, que sopra um vento de 180 a 200 km/h.

A aparelho possibilita que qualquer pessoa, independente de peso ou idade possa experimentar a sensação da queda-livre, e também serve para o treinamento de atletas.

Outro motivo de orgulho para os pára-quedistas é a conquista da quebra dos recordes brasileiro e sul-americano de formação em queda-livre, em agosto, com 80 pára-quedistas da mesma nacionalidade. O recorde anterior havia sido quebrado em 1998, nos céus da Flórida, nos Estados Unidos, com 66 pára-quedistas.

Isso mesmo: os brasileiros quebraram o recorde brasileiro e sul-americano nos céus da Flórida porque no Brasil faltavam aviões da força aérea para o evento.

E como declarou Pettená em texto divulgado no site da Azul do Vento: “o Circuito Brasileiro de Quebra de Recordes de Maior Formação não vai parar por aí. Nossa proposta é fazer a maior formação do mundo e vamos conseguir. Esperem pelo próximo capítulo dessa grande empreitada do pára-quedismo brasileiro”. Vamos aguardar!


Camila Christianini, é jornalista e repórter do Webventure. Além disso, pratica mountain bike e corridas de aventura, há pelo menos dois anos, e sempre que pode dá um jeitinho de conhecer novos esportes. Camila é uma das responsáveis pelas editorias de Corrida de Aventura, Bike, Canoagem e Rafting, Pára-quedismo, Vôo-livre.

Este é um texto opinativo e reflete a opinião de seu autor.

Este texto foi escrito por: Camila Christianini

Last modified: dezembro 21, 2005

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure