Os padrinhos formam o tradicional corredor para a passagem dos noivos. O futuro marido está no pé da escadaria e o padre, no fim dela. A noiva entra e começa a cerimônia. Em alguns minutos, eles sairão da “igreja” literalmente nos céus… Detalhes: o templo é um avião; o fim do casório, em queda livre. Conheça história do casamento de dois pára-quedistas paulistas.
Paulo Kalassa e Fernanda Martinelli se conheceram saltando em Campinas (SP), em 98. Ao ficarem noivos, um ano depois, saltaram para comemorar. Agora que vão casar, não podia ser diferente. Neste sábado, cerca de 200 pessoas devem acompanhar a cerimônia que termina com uma formação de 20 pára-quedistas, os padrinhos, no céu campineiro, a 12 mil pés de altura. “Até o padre poderá saltar”, avisa Kalassa.
Sim, vai ter padre. Aliás, o que se destaca nessa forma inusitada de casar é a preocupação do casal também com o tradicional. “Todo mundo virá vestido de branco. Os padrinhos e eu usaremos terno. A Fernanda não vai poder usar vestido, mas estará também de branco, com buquê e véu”, descreve o noivo. A ‘igreja’ será um avião Skyvan, com porta traseira. “Queremos decorá-lo.”
Presente – O roteiro é o seguinte: a cerimônia começa em terra e, em seguida, todos entram na aeronave onde os noivos trocarão as alianças. No ar, eles saltarão para o esperado beijo. Em volta deles, os padrinhos formarão uma estrela.
Ninguém estranhou a comemoração, garante Kalassa, que é corretor de seguros durante a semana. “Todo mundo sabe que a gente respira pára-quedismo, não podia ser diferente”. Tanto que os presentes de casamento serão, claro, saltos grátis. “Cada amigo está creditando um salto pra gente”, diz o noivo. Para garantir, Paulo e Fernanda já trabalham como instrutores na Azul do Vento. “O pára-quedismo é um esporte muito caro por isso dizem que quem casa deixa de saltar, afinal tem outros gastos. Como trabalhamos com isso nos fins de semana, não teremos problema.”
Este texto foi escrito por: Luciana de Oliveira