Foto: Pixabay

Para Scheidt, delegação brasileira de Pequim é mais forte que de Atenas

Redação Webventure/ Vela

Scheidt já tem estratégia para Pequim (foto: Divulgação)
Scheidt já tem estratégia para Pequim (foto: Divulgação)

Direto de Ilhabela (SP) – Robert Scheidt será o atleta que levará a bandeira nacional nos jogos olímpicos representando toda a delegação. Ele será o terceiro atleta da vela a ter esse cargo. O primeiro foi Eduardo Souza Ramos, em 1984, e o segundo, Torben Grael, em 2004. Em passagem pela 35ª Rolex Ilhabela Sailing Week, o atleta comentou sobre a surpresa em receber essa notícia e sobre a delegação brasileira que irá para Pequim, em agosto.

“Foi uma grande surpresa para mim. Eu fui na cerimônia de despedida da delegação que irá para Pequim e recebi essa notícia lá, e disse algumas palavras naquele momento para os atletas em agradecimento ao Comitê Olímpico e o Governo Nacional por tudo o que eles têm feito por nós”, contou. “É uma honra, uma felicidade e uma responsabilidade muito grande porque os atletas que já fizeram isso são os que já fizeram muita coisa pelo Brasil”, completou.

Sobre a previsão de ventos fracos em Qingdao, onde serão feitas as regatas olímpicas, na China, Scheidt e sua dupla, Bruno Prada, já têm consciência do que deverá ser feito. “Nós preferimos ventos fortes porque ele dá uma capacidade de recuperação maior. O vento fraco nivela muito e todos os barcos acabam andando em uma velocidade muito parecida e a capacidade de recuperação é muito menor. Teremos que saber muito bem o vento, mas muito mais a correnteza”, disse ele explicando que a previsão é de ventos entre 5 e 7 nós, e a correnteza, de 1 ou 2 nós, o que significa cerca de 20% da força do vento, e que influencia muito o desempenho do barco da classe Star, a que eles competirão, que é um barco de quilha.

Robert Scheidt está acostumado a competir em diversas provas sempre como um dos grandes favoritos, mas ele afirma que esse ano, na China, a situação é diferente, e que cerca de dez duplas são tidas como favoritas. E ele e Prada conhecem bem seus oponentes da Olimpíada, já que nesta temporada que passaram na Europa puderam enfrentar quase todos seus rivais olímpicos em competições locais.

“Estamos um pouco menos visados neste ano. O que é bom, porque quando você é o franco favorito tem aquelas pessoas que pensam ‘vou atrapalhar esses caras porque eles podem ganhar a medalha’, e com outras pessoas que são bem cotadas como favoritas, o jogo fica muito mais limpo. Cada um vai tentar no início das regatas se destacar, não adianta marcar um ou outro adversário”, finalizou ele dizendo que a delegação olímpica brasileira está muito bem neste ano, porém ele pensa que mesmo com uma equipe muito forte, e talvez mais forte do que a que foi para Atenas, em 2004, os Jogos Olímpicos são totalmente imprevisíveis. “Não é porque nossa equipe é fortíssima que teremos todas as medalhas que pensamos. Vai depender muito da execução desses atletas”.

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi

Last modified: julho 9, 2008

[fbcomments]
Redação Webventure
Redação Webventure