Porteira do Parque Nacional do Maciço do Itatiaia; paraíso da aventura. (foto: Roger Grinblat)
Montanhistas, escaladores de rocha e amantes dos esportes de aventura em geral sentem-se no paraíso ao visitar o Parque Nacional do Maciço de Itatiaia, local da terceira e última etapa do Reebok Ecomotion Circuit, que conta com cobertura on line do Webventure.
Com uma área de 30.000 ha, o parque foi a primeira área do país a receber o título de Unidade de Conservação, com o objetivo de preservar seu patrimônio natural e cultural. Itatiaia é um parque muito bonito para esportes de aventura. É um lugar clássico. Historicamente, sempre foi um parque badalado, comentou Luis Ishibe Makoto, capitão da equipe Guiça e um dos montanhistas mais reconhecidos do país.
O parque está localizado na província da Serra do Mar, ma é na Mantiqueira que eleva-se a região abrupta de Itatiaia. Uma das principais características é a formação de rochas intrusivas, alcalinas e eruptiva, esta última incomum no território nacional, que favorece a prática da escalada em rocha. Os principais points são: Patreleiras (2.540 m), onde será realizado o segundo rapel da corrida, a pedra do Couto (2.682 m), Cabeça de Leão (2.408 m), Pedra Furada (2.500 m), no oeste do parque, e Dois Irmãos (cerca de 2.400 m), no leste.
Possui uma variação de altitude entre 700 e 2.787 m, revelando ser um relevo muito acidentado. Seu pico mais alto é o de Itatiaiaçu, no maciço das Agulhas Negras, o terceiro maior do Brasil. Entre o ecossistema rico em biodiversidade, destacam-se lugares como a piscina natural de Maromba, as cachoeiras Véu da Noiva, Itaporani, Poranga e o Lago Azul. Para mais informações, acesse o site www.parquedoitatiaia.com.br.
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Uma corrida de aventura é um rali humano. Uma prova de velocidade, muitas são non-stop, em que equipes, com três ou quatro integrantes, devem utilizar habilidades físicas para cumprir etapas de trekking, mountain bike, técnicas verticais (rapel, ascensão e tirolesa), cavalgada, nado, caiaque, canoagem, vela e rafting, além de terem conhecimentos em orientação.
É uma mistura de expedição e competição. Aos olhos dos competidores, é um teste de resistência física e psicológica. Aos olhos dos espectadores, é pura loucura.
O conceito foi criado pelo jornalista francês e amante da natureza, Gerárd Fusil. Em 1989, na Nova Zelândia, ele montou a precursora Raid Gauloises, dando início a um universo que hoje sustenta atletas profissionais e organizadores.
Já existe um Circuito Mundial de Corridas de Aventuras (AR World Series), formado por sete provas, todas classificatórias para Discovery Channel World Championship Adventure Race. Mas, na atualidade, a maior corrida do mundo é o Eco-Chellenge, do expedicionário Mark Burnett. A quinta edição (2000) aconteceu em Bornéo, na Indonésia.
Em razão do quinto centenário de descobrimento, o Brasil já foi sede de um corrida internacional. Em abril de 2000, Elf-Authentique Aventure, idealizada por Gerárd, cruzou os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, em mais de 850 km de percurso. A prova passou por lugares exuberantes, como os Lençóis Maranhenses.
No rastro – O Brasil teve sua primeira corrida de aventura em 1998 com a Expedição Mata Atlântica, hoje pertence ao circuito mundial como a única etapa sul-americana. Nos últimos dois anos, quando fora formado o Circuito Brasileiro de Corridas de Aventura, houve um boom neste tipo de competição. Cada vez mais, adeptos competem em provas espalhadas por todo o país.
A EMA Expedição Mata Atlântica continua sendo a mais importante, com um percurso em torno de 450 km. Porém, há outras no rastro, como o PETAR (2000 e 2001), Raid Brotas Extreme, Litoral 2000, Reebok Ecomotion Circuit (Serra da Bocaina, Paraty e Itatiaia), Rio Eco 2000, que contou com a participação de equipes estrangeiras, Desafio Costa do Sol (Paraíba), entre outras.
Este texto foi escrito por: André Pascowitch
Last modified: abril 28, 2001