Victor Lopes capitão da Lontra Radical durante o Reebok Ecomotion; nome veio da preocupação da extinção de animais. (foto: Arquivo Webventure)
São 33 equipes participantes (22 nacionais, 8 estrangeiras e três mescladas) na Expedição Mata Atlântica 2000, que acontece de 21 a 28 de outubro com cobertura on line oficial da Webventure.
Cada equipe deve ser composta por três integrantes, sendo um obrigatoriamente mulher, e mais duas pessoas para o apoio durante a prova. Cada equipe com suas qualidades e fraquezas.
O curioso entre elas, porém, são os diferentes nomes que recebem neste tipo de competição. É claro, há aquelas que incorporam o patrocinador, como a Supplex (10), cujo nome é ligado ao tecido fabricado pela empresa Fibra DuPont.
Por outro lado, existem exemplos que levam algum significado especial, particular. É o caso da Lontra Radical. A nomeação surgiu em maio de 1998 para a disputa da primeira edição da corrida e teve como pré-requisito a preocupação com a fauna. “Foi através de uma pesquisa que fizemos para saber os animais em extinção na Mata Atlântica e a lontra é um deles”, explicou Victor Lopes, capitão da equipe. Hoje, ela agrega os nomes dos patrocinadores, formando a Timberland Lontra Radical Caloi (02).
Do espaço – O mistério de não saber o que era uma corrida de aventura em 1998, foi a inspiração do nome Quasar, dado na época pelo competidor Guido Lorenzo Botto. A equipe não conta mais com Guido e segundo Rafael Reyes de Campos, atual capitão, “Quasar é algo cósmico, misterioso. Um corpo celeste não muito bem definido pelos astrônomos. Semelhante a uma estrela pois emite uma luz muito forte. Este nome foi dado porque a EMA de 1998 era uma coisa meio misteriosa”. A vencedora da edição de 1999, conseguiu para este ano o patrocínio da Reebok e, com isso, seu nome está atrelado ao da marca esportiva – Quasar Reebok (01).
Fim da escuridão – Fora da família das patrocinadas, a única representante nordestina na corrida vem de Fortaleza, no Ceará. Aliás, é em homenagem à cidade que a equipe chama-se Terra da Luz (32). “Nosso Ceará já está carimbado com esse logotipo. Há todo um marketing em cima disso. Fortaleza é realmente muito luminosa, com muito sol”, afirmou o capitão Alfredo Montenegro. Segundo ele, o termo foi acolhido pelo povo cearense depois que o governo do estado promoveu um estudo histórico, descobrindo que “foi aqui o primeiro local de libertação dos escravos. Por isso, Terra da Luz. A luz da esperança”.
Tantas outras equipes foram nomeadas pelos mais diversos motivos ou circunstâncias. A forma criada da ligação de pontos cardinais na bússola originou a equipe Rosa dos Ventos (25). Já a Serra do Japi (18) foi o nome atribuído por ter sido o local de treinamento da equipe. Na verdade, o nome, com ou sem patrocínio, é apenas particularidade. O que importa é que todas mantêm um relacionamento vivaz com a natureza. E ela agradece.
Este texto foi escrito por: André Pascowitch