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Paulo e Helena Coelho revelam as dificuldades encontradas no Everest


O vento praticamente destruiu as barracas do casal (foto: Helena Coelho)

Os alpinistas Paulo e Helena Coelho, colunista do Webventure, retornaram ao Brasil na semana passada sem conseguir concluir o projeto “Rumo ao Topo do Mundo”. O casal tentou escalar o Everest pela face Norte, do lado do Tibet, sem o uso de oxigênio. A temporada, porém, foi desfavorável, com mau tempo e o objetivo não foi alcançado.

A experiência será contada na quarta-feira (26/06), a partir das 20h, na palestra “Rumo ao Topo”, nas lojas
Wöllner, na Rua Oscar Freire, 953, nos Jardins. Apenas 100 pessoas poderão se inscrever pelo fone (11) 30645465.

Em mais de 20 anos como escaladores, Paulo e Helena, que foram apoiados pela PowerBAr, ficaram frustrados com o final da expedição. Eles tentaram realizar o objetivo até o fim do período permitido para os alpinistas. “Os escaladores que estavam tentando sem oxigênio suplementar não foram, no geral, além de 8.300 metros de altitude. Mesmo as expedições comerciais, cujos clientes utilizavam oxigênio, não foram muito exitosas. A suíça, por exemplo, com 16 clientes, colocou apenas seis no topo”, lembra Paulo. “Depois disso, a previsão de tempo era muito ruim e a maioria dos escaladores encerrou a temporada.”

Irritação – Helena diz ter ficado muito irritada com a situação. “Fomos para o acampamento a 7900 m, com a idéia de subirmos para 8.300 m e na seqüência do dia fazer o ataque ao cume. Infelizmente, não foi possível. O vento destruiu duas das nossas barracas, a de 7900m e a que seria usada em 8300m”, comenta. “A alternativa seria fazer o ataque ao cume desde 7900 m. Era uma alternativa com alto risco e com mais exposição ao frio.”

Paulo lembra que a última tentativa foi feita no dia 25 de maio, quando o último boletim meteorológico indicava uma possível melhora. “Resolvemos então atacar, sempre de olho no tempo. Das quatro barracas que tínhamos na montanha, perdemos totalmente três. Sobrou uma parcialmente estragada que tivemos de desmontar e montar à medida que íamos subindo de acampamento para acampamento. Até montarmos novamente o acampamento de 8.300m”.

“Aprendemos bastante, principalmente a continuar reagindo mesmo sob grande tensão e péssimas condições ambientes. Perdemos muito material, mas não perdemos a vontade de chegar ao cume do Monte Everest sem utilizar oxigênio suplementar”, relata Paulo Coelho.

Este texto foi escrito por: Webventure