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Peixes da Amazônia e frutas exóticas compõem a culinária roraimense


O suco de araçá tem um gosto semelhante ao suco de goiaba (foto: Alexandre Koda/ www.webventure.com.br)

A Amazônia brasileira possui uma grande diversidade de peixes de água doce, como o Dourado, Pirarucu, Tucunaré, entre outros. Pescados estes que predominam na culinária roraimense. A carne seca e a galinha também são uma constante nos cardápios, que são acompanhados da paçoca de pilão, farofa, além de sucos de frutas exóticas.

Uma das iguarias locais muito apreciada é a Roupa Velha, ou Arrumadinho, como alguns chamam. Trata-se de um prato com carne de sol, arroz, purê de mandioca, acompanhado de salada, que certamente sacia a fome de um adulto com tranqüilidade. Enquanto espera-se o prato principal, vale a pena saborear a paçoca de pilão, originária do nordeste e que sofreu diversas adaptações no norte brasileiro.

Na paçoca, a carne seca mais uma vez se faz presente. Aproveitada da “vaca velha” e desidratada ao sol, acrescenta-se farinha, torresmo e cebola roxa socadas no pilão e aquecidas com banha de porco. Tradicionalmente é acompanhada de banana, mas pode-se usar qualquer outra fruta de gosto pessoal.

O Dourado é um dos preferidos na preparação do Escabeche, uma espécie de moqueca, mas com a diferença que o peixe é frito antes de ser cozido. Podem acompanhar este prato a Mujica, um ensopado do peixe feito no caldo, que batido com mandioca deixa uma consistência pastosa. Uma seleta de legumes cozidos, com cenoura, batata, batata doce e abóbora também combina.

Mudanças – Já a Damurida, é um dos mais tradicionais pratos indígenas da região e antigamente era feita com carne de paca, tatu e outros animais selvagens, mas atualmente com a proibição da caça, usa-se carne bovina. O preparo consiste no cozimento da carne com pimenta, temperos e goma de tapioca para deixar o caldo um pouco mais grosso.

A carne de frango é muito apreciada também. Um dos pratos corriqueiros na mesa do roraimense é a galinhada, que fica ainda mais gostosa se acompanhada de arroz, feijão, farofa e uma boa pimenta curtida.

A reportagem do Webventure viajou a convite do Sebrae/ RR

Na parte de bebidas, uma boa opção nos restaurantes da capital é pedir dois tipos de guaraná: o Tuchauá, de fabricação própria e com sabor parecido com o Kuat, da Coca-Cola, e o Baré, produzido pela Antarctica e envasado numa garrafa de cerveja. Este último possui um sabor forte, que se assemelha ao guaraná natural.

Vale a pena esticar um pouco o passeio e provar pratos na Venezuela, como o camarão ao molho de azeite e deliciosas pizzas, acompanhados da cerveja local, a Soleira Light, ou do refrigerante Golden, da Pepsi-Cola, popularmente conhecido como “colita”. Para a sobremesa passe num mercado ou padaria local e experimente o Pirulin, espécie de “tubex”, um waffer em formato cilíndrico recheado com chocolate.

Entre as frutas, uma das mais apreciadas é o cupuaçu, da qual é possível extrair suco, fazer doces, mousses e até um caldo para se colocar em cima do peixe. Também tem destaque na região amazônica o açaí, tida como repositor energético, o buriti, que pode ser consumido cozido ou em suco, o jenipapo, de gosto amargo e com alta concentração de ferro e o jambolão, que precisa estar muito madura para não “amarrar” a boca. Em alguns locais também pode-se tomar um suco de araçá, de coloração amarela e com gosto parecido com o da goiaba.

Todas essas frutas ficam ótimas se misturadas com guaraná e outros ingredientes na preparação de energéticos naturais. O Furacão da Amazônia, por exemplo, leva Cupuaçu, xarope de guaraná, catuaba, miratã*, leite condensado, amendoim, castanha de caju, ovo de codorna e limão.

*Pó da raiz de um arbusto originário da cidade de Maués (AM)

Este texto foi escrito por: Alexandre Koda