Engana-se quem pensa que, por estar chegando ao final, o Rally dos Sertões já revelou os seus piors desafios. Hoje, no trecho que vai de Tersina (PI) até Quixadá (CE) é considerado um dos mais desgastantes da prova.
O desafio será duplo: os competidores enfrentarão dois trechos, o
primeiro com 40 quilômetros e o segundo com 63. Mas a maior dificuldade não está nas trilhas, no meio da poeira, e sim no deslocamento entre a linha de chegada da segunda especial e Quixadá, onde a caravana do Sertões irá passar a noite. No final do dia, a prova deve estar praticamente definida.
Este mesmo trecho foi percorrido pelos competidores do Sertões em 1998. A primeira especial é bastante técnica e travada, além de exigir uma navegação bastante precisa. A Segunda, apesar de mais rápida, tem como principal dificuldade a travessia do rio Poti. Como tem pedras escorregadias e lodo, é possível que algumas motos tenham problemas, explica Marcos Ermírio, organizador do Sertões, em entrevista exclusiva ao Webventure.
“Depois de correr em duas etapas num único dia, o competidor terá que rodar mais 383 quilômetros de asfalto péssimo, que exigirá muito cuidado por parte dos pilotos para não danificar o carro”, adianta Eduardo Sachs, que fez o levantamento das trilhas percorridas pelo rali.
A estrada de deslocamento, onde não é feita a cronometragem, tem buraco de sobra. Num dos pontos, os pilotos de carros podem levar até uma hora e meia para percorrer somente 25 quilômetros. Incluindo os trechos de deslocamentos e as duas especiais, o dia reserva 542 quilômetros no total. O Rally Internacional dos Sertões termina na sexta-feira, na praia do Beach Park, em Fortaleza, depois de 5.250 quilômetros entre sete estados (São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará).
Este texto foi escrito por: Webventure
Last modified: julho 19, 2001