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Percurso do Brasil Wild levará atletas a locais históricos


Canoagem será entre os cânions do São Francisco (foto: Lilian El Maerrawi/ www.webventure.com.br)

Direto de Paulo Afonso (BA) – O desafio do Brasil Wild Extreme Corrida das Fronteiras será lançado em poucas horas em Paulo Afonso (BA), e já se pôde conhecer um pouco do que será o percurso que os atletas enfrentão pelos 650 quilômetros da prova.

Uma das pernas de canoagem será ao longo dos cânions do Rio São Francisco, a maior extensão de cânions navegáveis do mundo, com cerca de 30 quilômetros. O local fica na divisa entre as cidades de Paulo Afonso e Delmiro Gouveia (AL) e há um teleférico para os turistas que quiserem fazer um passeio por cima do rio. Cada cidade fica em uma das margens do Velho Chico, como é chamado o rio no nordeste.

Os atletas ainda passarão por cima do rio na etapa de técnicas verticais e orientação, última etapa da prova. As cordas por onde eles atravessarão o rio com suas bikes foram montadas dentro da Usina de Angiquinho, pertencente à Companhia Hidrelétrica do São Francisco.

As equipes irão se encantar com a beleza do local. As águas são extremamente limpas e fazem um imenso caminho verde ao longo das enormes aglomerações de granito que formam os cânions, além de pequenas quedas d´água. Quando as comportas da usina se abrem, cria-se cachoeiras por dentre as pedras, aumentando ainda mais a beleza do local.

Paulo Afonso é uma cidade nova no estado da Bahia, emancipada há apenas 50 anos. Seu território é duas vezes maior que a cidade de Salvador, e sua população é estimada em 102 mil habitantes. Hoje a cidade é a maior produtora do peixe tilápia da América Latina. O clima semi-árido deixa os moradores da região até quatro meses seguidos sem chuva.

Terra de Lampião – A prova passará por locais que são pontos importantes na história do cangaço. O Raso da Catarina (BA) serviu de abrigo para Lampião e seu bando. Sua mulher, Maria Bonita, morava em Paulo Afonso, numa região no meio do sertão, afastada cerca de 40 quilômetros da cidade.

Hoje, a casa em que ela viveu é um museu com fotos e recordações da cangaceira. Lá pode-se ver um pouco da história e trajetória do casal pelas terras nordestinas. Os dois foram mortos em 28 de julho de 1938, e suas cabeças, juntamente com as cabeças dos homens do bando de Lampião que também foram mortos com os dois, foram expostas na escadaria da prefeitura de Piranhas (BA).

Este texto foi escrito por: Lilian El Maerrawi